domingo, 13 de outubro de 2013

Histórias...

“ Às vezes já “não acredito” muito em coisas do outro mundo, a vida ensinou-me que tudo tem o seu tempo, e que o tempo é subjectivo para cada um… Demorei muito a curar-me, em três anos, raro era o dia em que eu não chorava, até que num banal fim-de-semana, salvo o erro, decidi ir à loja dos chineses com o meu primo, logo ali ao lado, estava um café, e na esplanada, um velho amigo que ao ver-me enviou-me uma mensagem. Eu mal comigo e quase com o mundo, não fui lá muito simpática, ele coitado pegou no telefone e ligou-me, perguntou-me se eu estava bem e que sabia que podia contar com ele.”

 Gabo-lhe a atitude até hoje. Há coisas que jamais se esquecerão.

Nunca me passou pela cabeça ser, ele, parte do meu remédio.
E foi assim que aos poucos fui percebendo que se havia ou houve algum homem na minha vida era ele, que embora muitas vezes distante, sempre esteve presente nos momentos mais difíceis… ele próprio é um “caso difícil” em mim, daqueles casos que levam abanões, empurrões, mas no fim são um “sempre-em-pé”! Passem carros e carretas, como se costuma dizer, e nós continuamos ali, na praça, à espera que passe algum táxi para nos levar para algum lugar, que desconhecemos mas que, ainda, acreditamos que exista.

Outro dia contei-lhe tudo o que subscrevo em cima com mais alguns acrescentos que só a nós dizem respeito e chorámos, chorámos os dois… não sei bem do que chorávamos, mas tivemos uma certeza, naquele momento, não nos queríamos perder…

A minha certeza às vezes abana, o cansaço de vez enquanto recai, a insegurança parece ter sempre mais força. É uma das desvantagens das modernas redes sociais, estamos constantemente a ser bombardeados por coisas que nem precisávamos saber! E depois vêm os devaneios de cruzar os braços e desistir, desistir de uma história da qual já desisti vezes sem conta…E de nada me adiantou, e por isso às vezes penso: “ se calhar é melhor desistir, se calhar não é para dar certo!”, logo depois uma vozinha diz: “ Se aguentaste até aqui, vais desistir agora”? Já para não falar da voz com tom, entoação e nome que me pede: “ Por favor, não desistas agora, que eu preciso de ti mais que nunca!”

E no meio de vozes, pensamento e pedidos, às vezes sou eu que me sinto perdida e sozinha… não sei qual é o fim disto tudo, mas sei que aconteça o que acontecer, tenho dado o melhor de mim, por muito que me possam condenar, fui e sempre serei fiel ao que sinto e ao que sou, aquilo que vivemos já ninguém nos tira…Nada do que decida será com intenção de prejudicar…Ainda hoje tive vontade de desaparecer e meter ponto final ao problema…E ele perguntou-me se o queria deixar. A verdade é que se quisesse já o teria feito, não sei o que nos separa e muito menos o que nos une … mas se é verdade que no amor nem tudo se justifica, aqui está um exemplo…

 Se pudesse pedir-lhe algo agora? Era aquele abraço… que ele sabe que estou a precisar!

Aos meus leitores digo… Sigam a voz do coração porque, certamente, ela sabe onde nos quer levar…

Bem-haja.

HEsteves

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