terça-feira, 29 de abril de 2014

Sem "medos"...


Hoje apetece-me escrever. Só não sei do que escreva…
Não sei se escreva das festividades e da azáfama que tem sido os últimos fins-de-semana, se do cansaço que trago meio perdido no corpo e das horas de sono em falta, se da voz que todas as noites, agora, me segreda “tenho medo”, tal igual como quando era pequena… a diferença é que, já, não sou a menina que tem medo de ir para a escola, que tem medo de ler ou escrever mal, que tem medo que lhe ralhem ou que os colegas embirrem…ouço a voz mas não reconheço o medo… Talvez tenha que ter medo de não ter medos…
Como a minha mãe diz: “ Eras tão amorosa em pequena e agora és tão “escarapelão””… Talvez tivesse que ter medo de ter deixado de ser a “menina amorosa dos medos”, mas não… os medos perderam-se nas aprendizagens e a menina cresceu, entendendo que o medo nada é a mais que uma ilusão perturbadora e desafiante…
Também poderia falar da viagem que vou fazer, dos amigos e da família, do trabalho ou de alguém a quem vou chamar de “calcanhar de Aquiles”…
Todavia não vou falar de nada em concreto, talvez tenha “medo” que as minhas palavras se tornem demasiado transparentes e que sejam capazes de ler o que nem os olhos vão dizendo… falar de tudo superficialmente e de nada em concreto pode ser o segredo para nos mantermos discretos mas presentes...Sem medo de manter o sorriso nos olhos e o brilho nos lábios...
HEsteves

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Achei bonito...


"Eles amam-se. Todo o mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo a sua vidinha idealizada e ela continua idealizando a sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápido demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso."

HEsteves

domingo, 6 de abril de 2014

BTT em poucas palavras...



Hoje foi dia de levantar cedinho, vestir umas calças, sweet, ténis, rabo-de-cavalo e óculos de sol… Foi dia de trabalho “longooooo”… de sair de casa às 7.30 e voltar às 19h… de dormir pouco, portanto…
Foi dia de prova, de atletas e desportistas, bicicletas e muitos quilómetros…
Foi dia de dar a partida, de aprender o que é o dorsal, de fotografar os rostos cansados e em esforço e de captar a alegria e o sorriso de quem corta a meta, de assistir a momentos de fé e ao sinal da cruz por chegar ao fim… foi dia de vencedores, de entrega de prémios… foi dia de testar resistências e compreender desistências, foi dia de aplaudir quem ganhou e quem não se deu por vencido, de motivar e incentivar a futuros e novos desafios…
Foi dia de trabalhar em equipa, de partilha e entreajuda…foi dia de amizade… de encontros e, talvez, desencontros, de paixões e, talvez, desilusões …Foi dia de reflexão…
Foi dia para apanhar uma constipação e um escaldão na cara…foi dia de acabar e ver todos os que restavam com cara de “enxofrados”… o ritmo dos últimos dias tem sido estonteante e o cansaço começa a espelhar-se nos corpos e nas posturas… foi dia cheio e imenso…
Foi dia de chegar a casa e adormecer no sofá, com o telemóvel na mão, à espera de uma mensagem… foi dia de cansaço, alimentado pelo cansaço extensivo do dia anterior… foi dia de me sentir… foi dia de ser eu…porque se fosse diferente não sabia ao mesmo…
Foi dia de viver e tirar partido de cada momento.

Bem-haja.
HEsteves

sábado, 5 de abril de 2014

...Reflexão da noite...



Eles eram os melhores amigos, falavam de tudo, frequentavam a casa um do outro, lanchavam juntos, passavam tardes no sofá entretidos com a companhia um do outro, saiam à noite e chegavam a adormecer no colo um do outro…dizer que eram melhores amigos, é se calhar pouco, a relação deles ia além de uma simples e banal amizade, era primeiramente uma amizade de entendimento e amor…
No entanto e por motivos desconhecidos, para, pelo menos, um deles, a relação esfriou sem “porque sims” ou” porque nãos”, e o que de mais bonito tinham perdeu-se nas “brumas” de uma das últimas conversas sérias, chegando mesmo a “chover” do céu que se abre todas as manhãs e se fecha todas as noites… porém e mesmo que distantes há brilhos que se mantêm, que se cruzam e que se tocam na mais escura das penumbras.
Ele era músico e ela a sua primeira e verdadeira fã… depois de afastados, ela continuou a ir aos seus concertos… a portar-se como sempre, a ouvir cada nota e a decifrar cada silêncio… A música continuava a fazer-lhe o corpo dançar… apenas o seu coração tinha sido transformado, arrumado, acomodado… Certo dia, numa circunstância imprevista, porque é nestas que as pessoas importantes da nossa vida sempre estão, ela ajudou-o e ele reconheceu… e por saudades ou, quiçá, por agradecimento, acompanhou-a até casa, perguntando-lhe:
- “Porque continuas a ir aos meus concertos?”
Ela sorriu, e não deixou de achar pertinente a pergunta dele. Teria a sua presença algum peso, num local, onde está mais uma “mão cheia” de gente?  Mexera-lhe no interior?
Mesmo que questionasse estas seriam respostas que não teria. Amena respondeu-lhe:
-“Porque haveria de não ir? Há muito que aprendi, que não se deve deixar de ir onde se gosta por estar lá alguém…pensei que soubesses isso…”
A conversa morreu por ali, entre tantas outras que se cruzaram e outras que se saborearam…
Hoje, ela foi a mais um dos seus concertos… e pela “não sei quantas vezes” porque já lhe perdeu a conta, acaba desiludida… quando ele se cala para fazer ouvir o público parece tapar os ouvidos para “aniquilar” o som da voz que tantas vezes tomou de calmante e segurança…
Porém, apesar de desiludida ela continua firme e com a certeza que irá continuar a ir aos seus concertos, pois sabe que apesar de ele não a querer ouvir, ele canta pior quando não a vê… além de que, só ela o ouve como mais ninguém…

A todos os artistas…

Vale a pena pensar nisto…

HEsteves

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Fora do Tempo...



Mal os raios de sol espreitam, as pessoas vestem logo manga curta, no verão calçam botas de cano alto…se saímos com alguém do sexo oposto estamos logo num caso, se estamos menos animados e sem espírito para  festas, já temos uma depressão, se estamos bem-dispostos e na galhofa dizem, logo, que estamos com os copos ou que somos chanfrados do miolo, se estamos com alguém que nos ama acabamos a relação porque... sei lá, às vezes nem explicação há, se estamos com alguém que é tudo menos o nosso "suporte" resistimos anos e anos numa relação desgastante e sem futuro... se temos bons valores e princípios somos uns totós, mas se formos uns cromos e só abrirmos a boca para dizer parvoeira somos os heróis, da banda desenhada, de outros mais totós ainda… e é por estas e por outras que o mundo está do avesso…as pessoas gostam das coisas erradas e das coisas fora do tempo…

E por isso pergunto-me a que tempo pertenço? 

Já diz a música:
“Fora de tempo o que era água
teimou em ser areal
fora de tempo já se notava
que um vê bem e o outro mal (...)”
Vale a pena pensar nisto…

HEsteves

terça-feira, 1 de abril de 2014

Falta de sorte ou azar de mais?



A conversa surgiu banalmente, uma conversa tipicamente feminina... a minha amiga remata assim:
Somos umas desgraçadas amorosamente...eu é só canalhas perversos e tarados, tu é só fugitivos e depressivos! HELP!”
Acabo por achar graça…é certo que não acredito em príncipes nem em romances cor-de-rosa, e não espero uma história dessas para mim, mas desejo ver as pessoas que gosto serem protagonistas de bonitas histórias de amor, sem fim e com o “felizes para sempre”.
 No entanto, sensatamente, concluo: que os homens que têm tentado fazer parte das nossas história precisam bem mais de ajuda que nós! Para Eles toda a sorte do mundo e a nós que nunca nos falta a paciência e o sentido de humor!

Bem-haja.

HEsteves