Muito tem indignado, muito se tem falado, especulado, “criticado”…
Mas na verdade pouco se sabe, ou antes, poucos sabem o que aconteceu de
verdade.
“ A tragédia do Meco” é uma das manchetes que tem feito notícia
e tem emocionado “meio mundo”. Num ápice de minutos, perde-se a vida de seis
futuros promissores. Indignação, revolta, tristeza, dolência são sentimentos
que assolam famílias e amigos.
Pedem-se respostas, justificações, “responsabilidades”… Mas
haverá alguém capaz de responder e esclarecer a tais questões? Haverá culpados?
Ou só a dura e cruel mão do destino terá a culpa?
A perda de alguém é muito difícil de aceitar, sobretudo
quando inesperada… não há descrição para descrever o que sentimos… não há
palavras para desenhar o vazio que a dor nos provoca, o padecimento que “respiramos”…
é como se uma parte de nós sufocasse e morresse também…
Sei que as famílias estão de alma e coração despedaçado,
mas, independentemente do que se ouve e especula, e sendo esta a minha visão e opinião
pessoal, acredito piamente que o único jovem sobrevivente está tão mal ou pior
do que todos os familiares das vítimas.
Como jovem, como aluna e veterana que fui, e sobretudo como
humana e observadora, salientando que sou contra abusos físicos e psicológicos,
não acredito que houvesse intenção de prejudicar a vida de qualquer elemento
daquele grupo, digo isto, porque os grupos de comissões de praxes, veteranos e
outras “categorias” que possam existir e que neste momento desconheço, são por norma
pessoas muito unidas, ligadas e amigas, capazes de manter laços para o resto da
vida.
Que há brincadeiras parvas, há… que por vezes se ultrapassam
certos limites, também é verdade… mas isso sempre só se viu de veteranos para
caloiros, e nunca de veteranos para veteranos, ainda para mais, sendo um grupo
escolhido com certo “rigor”.
Porém nada do que se diga ou pense fará grande diferença…
nada mudará… se fossemos adivinhos, certamente, não estaríamos em certos
lugares, a certas horas, e evitaríamos uma série de acontecimentos… mas na vida
pouca coisa é certa… os julgamentos serão, apenas, julgamentos… todavia a verdadeira
“sentença” está nas mãos de um poder transcendente… Resta-nos viver dignamente
e honrar aqueles que queríamos do nosso lado, e ficaram com a “batalha” a meio.
Que capotes e capas sejam símbolos de dignidade, conquista,
trabalho, brio, respeito, coragem…
Solidariamente,
HEsteves