quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"- Mas o que é que vês nele?
- Aquilo que falta em mim..."


O outro lado...


Não sou adepta de ficar duas horas a ver um filme, prefiro que a minha companhia me retire a atenção com uma boa conversa, ou simplesmente me deixe adormecer no seu ombro. Não gosto de complicações e dramas reais, prefiro um bom teatro em palco. Não gosto de sorrisos forçados e exagerados, prefiro uma lágrima sincera, não gosto de mentiras nem bem nem mal contadas, prefiro verdades duras mas autênticas.

Por vezes medito, calculo, penso e repenso em palavras e atitudes que acabo por cumprir, embora acrescente ou retire didascálias, assumo os meus erros, mas defendo-me com a razão. Gosto de franquezas e de ser surpreendida com as respostas, longe daquilo que eu especulava.

Por vezes retiro-me da agitação e recolho-me no silêncio, aprendendo a buscar admiração, paz e respeito por mim mesma. Mas nem sempre gosto de pensar, detesto aquele momento antes de adormecer em que tudo, como turbilhão, nos passa pela mente. Sou mestra na arte do consolo, mesmo estando a chorar para mim, consigo desenhar sorrisos noutros rostos. Dizem, por isso e por muito mais, que sou boa amiga. Adoro tardes de camaradagem, de conversa, risota, tardes de chás ou chocolates quentes, jantaradas e diálogos interessantes, um café a seguir para uma noite de dança até de madrugada, cansa-me chegar a casa com, aquela, dor de pés por causa dos saltos, chega a ser uma antítese, doí mas sabe bem… como agridoce…

Gosto da adrenalina, ao mesmo tempo que gosto da organização e do exato, é certo que não vivo só certezas, e que a desilusão existe tanto no dicionário como na vida, mas quando isso acontece, uma outra noite virá e um novo e melhor sonho se desenhará… E se eu perder essa capacidade, adotarei outros sonhos, porque há sempre quem nos dê assas para novos voos… há sempre quem nos estique o braço, dê "mais cinco" e diga: Vamos lá!

HEsteves

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Pensamento do dia...

Hoje, vai-se lá saber porquê, acordei com este pensamento:






Há coisas que, simplesmente, não fazem sentido separadas...


HEsteves
Não tenho nada a oferecer, a não ser o colo e o abraço sincero...

Desculpem lá se o tanto que tenho é tão pouco...

HEsteves

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Não me assusta a distância…Há quem esteja ao nosso lado, e longe de nós… Não estranho o silêncio…Há quem fale para nós e não diga nada… Não temo a ausência…porque já vive assim, afastada…

Inquieta-me, antes, a submissão, a apatia, a dependência de quem sempre conheci livre…

Isso sim me preocupa…

HEsteves

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Voz...

E na hora em que desistir era o pensamento imposto, veio-lhe à cabeça a imagem de como dias atrás, correra para a igreja, como se tivesse assas nos pés, não sentindo o caminhar, para se ajoelhar, ali, em frente da cruz, onde a imagem de Cristo é soberana... é como se ouvisse uma voz a dizer-lhe:
"- Tu, também, não me vês e corres até mim... não me vês, mas falas-me...não me vês, mas sentes-me... porque se a sorte protege os audazes, eu protejo os desalentados... e não te esqueças... na hora da decisão, lembra-te, primeiro, porque é que ainda não o fizeste..."

HEsteves

sábado, 26 de janeiro de 2013

"Onde reside o amor"

" É um príncipe porque governa um reino, porque sabe dar e partilhar, porque ajuda, apoia e nos faz sentir que somos mesmo importantes.
Depois de engolir alguns sapos, há que aprender a lição e perceber que o príncipe pode estar ali mesmo, à nossa frente.
É só preciso deixá-lo ficar dia atrás do outro... e se for mesmo ele, fica. De pedra e cal, para a vida, dê por onde der, aconteça o que acontecer."

Margarida Rebelo Pinto, "Onde reside o amor".
Para quem fala em código, aqui deixo mais um.

Eu não vivo a vida como se fosse um jogo, se bem que a poderíamos comparar a um jogo de xadrez, mas lembrem-se, no fim, a rainha e o peão voltam, os dois, à mesma caixa!

HEsteves
SAUDADES

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Felicidade simples...


A vida tem-me ensinado a pensar devagar, nem todas as situações requerem este tipo de reflexão, é certo, por vezes temos de agir rapidamente, ser ágeis, perspicazes, nutrir uma inteligência cheia de discernimento… mas também é preciso ter espaço, ter lugar para pensar… pensar devagar, sem correr e, às vezes, nem mesmo andar…parar ou até mesmo não pensar em nada…concentrar o pensamento numa parede branca ou nas ondas do mar, longe da vida e das pessoas que nos habitam…

Às vezes é preciso gostar do negro da noite em que tudo se silencia, ouvir o som da chuva que ecoa, juntamente com o sopro do ventilador que substitui o lume que não se acendeu… disfrutar da companhia fidedigna e tranquila da minha gata, que dorme pacata ao meu colo, fazendo-me sentir o seu porto de abrigo e dando-me uma razão para sorrir…acaricio-lhe o pelo macio, e ela depois retribui-me quando me deito e entra pelos lençóis fazendo “ron-ron” e dormindo abraçadinha comigo a noite toda.

E neste pensar lento, a que a vida me testa, percebo que há coisas que são insubstituíveis… percebo que a felicidade não está na grandeza, no dinheiro, nas jóias, nas roupas, no trabalho, na fama, no luxo, nas situações cheias de pompa e circunstância… percebo que está antes nas coisas simples, nas coisas que nem sempre ouvimos, vemos ou sentimos… nas coisas que muitas vezes nos são desapercebidas, mas que fazem a nossa vida ter mais sentido.

HEsteves



Popless


"

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

"Ficarei sentado ao teu lado, enquanto tu estiveres diante deste rio. E se fores dormir, dormirei em frente à tua casa. E se tu viajares para longe, eu seguirei os teus passos. Até que tu me digas: vai-te embora. Então, irei...(...)"

Desfiladeiro de elogios...

" Porque tens uma coisa que pouca gente tem, um coração enorme."

" Eu sei que és uma mulher inteligente..."

" És linda, sabias?"

" Porque tu dás-me um berro, e a seguir esse sorriso..."

" És muito bonita, tanto por fora como por dentro."

" Esta miúda não se cansa de ser bonita."

" Tenho saudades tuas, Lena."

Estes foram alguns dos elogios que recebi nos últimos tempos de diferentes pessoas.
Não lhes pedi nada, nem fiz o mais pequeno esforço para que elas se saíssem com estas palavras, fui apenas o que sou hoje e todos os dias.
Há uma frase que nos diz: " elogios não me elevem e críticas não me derrubam..."
Bem verdade, continuo a mesma, com as minhas alegrias e as minhas tristezas, os meus medos e a minha frontalidade, com as minhas falhas e os meus sucessos, com os meus arrependimentos e os meus orgulhos...
Continuo a não ter tudo o que quero e também, por vezes, a ter mais do que preciso.
Não sou mais nem menos que ninguém... Não tenho nada mais ou melhor que alguém... Talvez  o que tenha, certamente, é uma alma mais cheia que muitos...
Só isso. 
OBRIGADO!

HEsteves

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

“ (…) A inveja pode ter muitas facetas, mas só tem uma cara. A cara daquelas pessoas que, por falta de formação ou falhas de carácter, vivem com mais intensidade a existência alheia do que as suas próprias vidas. (…) E quanto maior a inveja, maior a maldade.

Conheço algumas mulheres assim, sem nenhum talento em particular, a não ser o de esgravatar com ambição. Umas logram casamentos por conveniência, outras criam amizades que lhes pagam as contas e lhes sustentem os interesses, outras simplesmente praticam com devoção a maledicência, ao mesmo tempo que se vangloriam dos seus princípios morais. São aquelas que criticam as amigas quando estas se envolvem com um homem casado, esquecendo-se de que já fizeram o mesmo enquanto eram casadas, são as mesmas que nos dão pancadinhas nas costas quando sofremos um desgosto amoroso e vão dizer aos nossos amigos que enlouquecemos; (…) criticam tudo e todos, eivadas de moralismo falso e bacoco.

Tenho pena destas mulheres porque são profundamente infelizes. Mesmo as que alcançaram os seus objectivos continuam o torturoso caminho da inveja e da ambição desmedida que envenena a existência de quem as rodeia, mas sobretudo delas mesmo.

Estas mulheres muitas vezes acabam os seus dias sozinhas (…) rogando pragas e maus-olhados, sem nunca perceberem que o mal está dentro delas e que a vida acaba sempre por se encarregar de trazer de volta, em bandeja de prata, o reverso da medalha.”

Margarida Rebelo Pinto

Achar e sentir...

1 º pessoa : lalalalalala “acho que devias esquecer!”.

2º pessoa: “acho que devias esquecer!” lelelelelelele.

3º pessoa: lilili “ acho que devias esquecer” lililili.

4º pessoa: lololololololol” acho que devias esquecer”.

5º pessoa: “acho que devias esquecer” lululululu.



Achar todos acham, mas quem é que sente?

Quando eu deixar de sentir, também vou achar que foi uma perda de tempo…

HEsteves

domingo, 20 de janeiro de 2013

"No dia em que me estiveres quase a esquecer, alguém vai passar ao teu lado usando o meu perfume!"

O Mito Armstrong

Lance Armstrong, o homem do ciclismo, somou sete vitórias na volta à França, levou os fãs ao rubro, teve gestos de companheirismo e leais para com os colegas de equipa… errou, errou porque é humano, mas apesar de tudo, será sempre um mito, se não pelas suas vitórias consecutivas em termos profissionais, pela sua luta e triunfo como humano, ultrapassando uma das doenças mais mortais… mais importante do que ter tido plateias de gente a aplaudi-lo foi o facto de ter dado esperança, força e apoio a pessoas que estariam a entrar numa outra estrada, onde a porta da vida se fecha.

Além disso, faz lenda ao assumir a cobardia e a mentira que o mascarou por todos estes anos… nem todos teriam essa capacidade, merecendo, por isso, a minha admiração…

Contudo, aqui temos um exemplo que tornarmo-nos infiéis a nós, aos nossos valores, aos nossos e a todo o mundo não nos leva a lado nenhum…e isto faz-me lembrar uma citação da Margarida Rebelo Pinto, que nada tendo a ver com o assunto, nos diz: “ (…) Acredito que a infidelidade é uma armadilha; primeiro abraça-nos e depois estrangula-nos.”

HEsteves

sábado, 19 de janeiro de 2013

Phsiiiiuuuuuu...


e parece que está a acontecer um remember!

Play?


Ou Stop?

HEsteves

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

" Os casais-bolha vendem uma felicidade absurda e quase plástica, por parecer impossível de alcançar. Podemos ter a sensação de que um dia vão sufocar ao respirarem o mesmo ar, mas geralmente não é isso que acontece: parecem alimentar-se desse ar muito particular que fabricam.
E quando a bolha rebenta? Salve-se quem puder, porque os próprios não conhecem salvação."

Margarida Rebelo Pinto

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Pontos no "IS"

Inicialmente pensei escrever sobre o assunto de uma forma suave, com personagens mitológicas; fadas, flores, estrelas e nuvens cor-de-rosa, fazendo deste texto uma história romanceada à boa maneira portuguesa.

A dor não é logo imediata, sentimo-la segundos depois, e numa montanha russa de sentimentos, a sensatez falou mais alto e mudei de ideias, não iria pronunciar-me. Segundo dizem “ o silêncio vale ouro”.

Contudo, confrontada com a coscuvilhice das redes sociais, onde qualquer sem moral fala da moral dos outros, sabendo até mais da nossa vida que nós mesmos, não me contenho e tenho de por pontos nos “is”! Peço desde já desculpa se usarei a ironia em algumas descrições, e alerto para que não confundam a mesma com maldade ou insolência.

Desculpem-me a pergunta, mas desde quando é que os sentimentos são vendidos no “Mercado do Bulhão”? É verdade que há por aí muito boa gente com cara de repolho, com o mau cheiro dos tomates podres, com o angustiante sabor das malaguetas e com o mau génio das cebolas, pondo qualquer um a chorar sem dó nem piedade… Mas a vida não é uma horta, embora nela haja por aí muita erva daninha.

Como diz a minha irmã, eu devia estar cansada de brincar ao esconde-esconde, e embora seja pró neste jogo, estou mesmo cansada, por isso venho com a melhor arma, a verdade, para aqueles que queiram saber e também para os que não queiram, portanto se não quiser, pare por aqui!

Agora devem estar à espera que descreva em pormenor a situação, pois bem, a única coisa que vos vou dizer é que de facto não ando feliz e contente a dançar as tropecinhas, porém já me resignei demais, já fui demasiado passiva, pedi sempre de menos e cruzei excessivamente os braços…penso que aquilo que tiver de vir a nós, vem, sem termos que pedir, pressionar, estender escadas ou pontes que façam todos os caminhos chegar aos nossos pés.

Além disso não poderei apontar o dedo a ninguém, pois eu própria, dona de uma liberdade independente, incentivei e incentivo à conquista, às experiências, à aventura, ao conhecimento…e neste caso concreto, fui das poucas que disse em alto e bom som: “ Vai! toma coragem e VAI!”. Chega a ser ironico, a bruxa má da história, às tantas ainda foi a fada do bem!

Ninguém é dono de ninguém, ninguém tem o direito de pedir o mundo, se a outra pessoa nem metade de uma rua tem calcetada! E saio ou mantenho-me nesta história de alma e consciência completamente tranquila, mesmo sabendo que fui contra opiniões, conselhos, que valem o que valem, e valores que sempre defendi… mas sinto-me plácida porque fui e dei o melhor de mim enquanto possível, e prova disso, foi a minha atitude na hora da despedida, depois do último abraço, esqueci-me de chorar e limpei-lhe as lágrimas, fazendo um único pedido: ser forte…

Poderia dizer mais, muito mais…mas vou fazer jus ao que me pediu, guardar os nossos pedidos, promessas e momentos… guardar a nossa história só para nós… porque muita gente pensa saber muito, mas a verdade, é que sabe muito pouco…

E só para terminar, nada que apareça em faces, blogs, ou seja lá o que for me atinge, porque eu até poderia acreditar, mas acontece que " nem tudo o que luz é ouro..."
E para completar não se riam de nada que acontece aos outros, pois nunca sabemos o que nos acontecerá a nós…Como diz o ditado: “ Não cuspas para o ar, que te pode cair em cima.”
Fica a Dica…

HEsteves

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Borbulhas sem chocolate!

Depois dos últimos sucedidos, sei que aqueles que me conhecem esperem que eu escreva sobre o assunto... Mas tudo está meio morno, a dor, ainda, não se acentuou… Talvez amanhã, quando quiser andar e não consiga por o pé no chão, mas nada que uma boa dose de gelo para anestesiar e uma pitada de humor não resolva.

Por sua vez, vou falar de borbulhas! Tal como no amor, muito se diz sobre elas, algumas teorias são fundamentadas, tal como o descontrolo hormonal ou até mesmo o tipo de alimentação… pois bem, mas não é por se comer um ou dois ou até mesmo três quadrados de chocolate que vai nascer uma borbulhinha, também falam das azeitonas, mas também não é por aí! Digo-vos com toda a certeza, que o melhor amigo das borbulhas é o sistema nervoso, pois fá-las aparecer de um momento para o outro! Não acreditam? Então nem vos vou contar quantas me nasceram apenas numa noite de nervos!

E pronto… sem querer já comecei a escrever sobre o dito assunto… mas só os menos distraídos perceberão!

Ah! Uma vez que as borbulhas já apareceram, se alguém me quiser trazer um chocolatinho...nada melhor que um doce para situações "azedas"!

HEsteves
"Serás amado apenas quando puderes mostrar a tua fraqueza, sem provocar nenhuma força."

" Poucos gostam de mostrar ou partilhar as suas fraquezas, mas elas fazem parte de nós e compõe este ser divino que somos. Claro que nem toda a gente tem o merecimento de conhecer esse nosso lado, mas para sermos verdadeiramente amados temos que nos expor! Caso contrário, amarão apenas uma máscara.

Estamos cá para limiar arestas, mas como é que as vamos limar se nem se quer as assumimos?"

Poinnnnn... !!!!Só os verdadeiramente importantes chorarão connosco e nos limparão as lágrimas...e mais não digo...

HEsteves

sábado, 12 de janeiro de 2013

O Tal...

Ela disse que achava que ele não era o tal. Partindo do pressuposto que no “achar” reside dúvida, possivelmente existe insegurança, sentimentos desconhecidos, vontades e desejos incógnitos. Porque “achar” é diferente de dizer ele é ou ele não é o tal.

Mas o tal não existe, já não há príncipes encantados em cavalos brancos e muito menos princesas fechadas e trancadas nas imponentes muralhas dos castelos, ou se calhar até há… pessoas fechadas nas muralhas que elas próprias impõem, muralhas de receios, de medos, muralhas de desassossego que tiram o lugar ao sonho impotenciando o impulso e a coragem. Porque para amar é preciso ter coragem, por vezes ser pouco racional e responder às primeiras impulsões, caso contrário, começarão a surgir inquietações, tremores, incertezas…incertezas se devemos ou não devemos fazer isto ou aquilo, no fundo, incertezas se devemos gostar e amar outro alguém.

Devemos sempre, sempre gostar, o amor esse descobriremos depois, e só depois saberemos se aquela pessoa era a tal… uma vez, achei ter encontrado essa tal pessoa, mas ao fim de um tempo, percebemos que já não eramos os “tais” na vida um do outro e separamo-nos. Em tempos dizia que ele tinha sido a melhor e a pior coisa da minha vida. Não deixa de ser verdade, ele foi um dos “tais”… fez-me conhecer o meu melhor e o meu pior lado, a pessoa que sou, hoje, também lhe devo em parte, e ele tem um lugar de destaque por tudo o que vivemos, mas sobretudo pelo que me fez viver sozinha.

Agora estou “apaixonada”, uma história cheia de “anormalidades”, repleta de ambiguidades e muitas inquietudes, não me importa se ele é o tal, importa-me antes viver com ele o que há para viver, e só quando estamos prestes a perder alguém é que percebemos certas coisas, não sei se terei muito mais tempo com ele, certamente ficará muito por fazer…

Mas aprendi uma coisa, o meu maior medo era sair de mim mesma, estive muito tempo fechada numa muralha, ele, não sendo o tal, talvez, foi o único capaz de me deitar uma corda e fazer-me descer… Se isto quer dizer alguma coisa? Certamente… deve haver “tais” que se vão e foram tão ou mais importantes, do que o tal que possa vir e ficar…

HEsteves

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Daniela...

Escrever sobre algo ou alguém que gostamos pode ser demasiado fácil ou vice-versa. Fácil porque conhecemos a essência em si, sabemos qual é a direita e a esquerda da situação, fácil porque somos parte do que se descreve…mas muitas vezes o fácil torna-se difícil, porque é complicado utilizar palavras certas para descrições perfeitas.

Hoje vou escrever sobre a amizade, e poderia escolher várias pessoas, porque sei que tenho comigo alguns e sérios amigos de coração e não amigos momentâneos ou ligeiros… Esses também os tenho, e talvez um dia perca tempo para falar deles, mas não hoje…hoje irei falar de uma amiga que chama à minha mãe de tia, e por aqui já começo a descrever o grau íntimo e relacional que mantemos.

Frequentamos a casa uma da outra desde sempre, a sua irmã era a minha melhor amiga, nunca ia para a escola sem antes passar na minha casa a chamar-me, e, pronto, claro, lá tinha de esperar por mim porque, eu, com a minha “super vontade e entusiasmo “estava sempre atrasada… passávamos os dias juntas, enfiadas na casa uma da outra, éramos felizes e vivíamos, naturalmente, os acontecimentos que a idade nos exigia… e é desta forma que surge a Daniela, uma menina, ligeiramente, mais nova que nós, a quem na altura escondíamos os segredinhos e mexericos… mas a vida é de facto uma ironia, hoje é a mesma Daniela que partilha comigo todos os meus “segredos”, sabe de mim o que poucos sabem… e a verdade é que nem preciso de ir tão frequentemente à casa dela… porque os amigos são assim, não precisam de estar sempre juntos para estarem connosco.

A Daniela é uma menina, e chamo-a de “menina” carinhosamente, porque não é isso que acho dela, muito pelo contrário, penso que é uma mulher e de M maiúsculo, que carrega uma personalidade muito característica: leal, compreensiva, respeitadora, uma certa timidez com um toque de “descaramento”, amiga, controlada, de uma sensibilidade acentuada mas pouco perceptível, responsável, trabalhadora, prestável …com muitas outras características fazendo dela uma pessoa cheia de qualidades e defeitos, mas sendo para mim, alguém muito especial… E por isso, quando ela precisar eu estarei sempre aqui, quando a sua "luz" se apagar eu terei um isqueiro para acender... Porque tal como eu, ela nem sempre tem vontade de sorrir, mas arranjamos sempre jeito de dar aquela curva nos lábios...
Sei que gostariam que descrevesse mais pormenores, e apesar de confessar que, eu própria, não esperava que o texto seguisse esta matriz vou ficar-me por aqui, porque de facto nem sempre é fácil escrever sobre quem mais gostamos…

HEsteves

Estou com um problema técnico!!! Não consigo colocar Imagens, peço desculpa, e deixo-vos só com as letras, então!

HEsteves

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"Inexplicações"

Para me fazer entender que há coisas na vida contraditórias e difíceis de perceber, peguei no simples exemplo:

Gosto de ver pessoas elegantemente bem vestidas e cuidadas, mas por suas vez, há outras que me deslumbram pela forma simples e prática... até, mesmo, meio despenteadas estão charmosamente bem... naturalmente há coisas sem explicação...

HEsteves

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ele: Ehhh! já perdi 20 contos!
Ela: Eu já os perdi há muitos anos atrás, numa noite em que mandei uma sms às 4 da manhã e ganhei uma aposta!Ah! Hoje poderias ter perdido 20 euros, os contos já estão como tu, não existem simplesmente!

( Este post, destina-se a uma pessoa que provavelmente não o irá ler, mas pode ser que tal como ele, algum, outro otário (não ferindo susceptibilidades, e, pela primeira vez, usando um termo menos simpático para o descrever) tenha, assim, uma noção de ridículo.)

HEsteves

Relembro:


Escrevo sobre o que vejo, o que ouço ou o que sinto... corto sentimentos, acrescento outros sentidos, invento, fantasio, disfarço ou, simplesmente, relato... o Certo é que tudo ou nada pode ser real...

HEsteves

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

ESPALHARTE

Do sonho de um primo, ou talvez um pouco mais, do sonho de um primo-irmão, confidente, companheiro, parceiro para qualquer altura, eis que surge a ideia de formar um grupo de teatro. Envoltos de entusiamo, numa noite em que encerrávamos os santos populares, procurámos mais gente para abraçar a nossa ideia. E foi de boca a boca que se formou este grupo, para mim, mais que isso, amigos, família. Numa altura conturbada, onde senti o chão a desabar-me inúmeras vezes dos pés, numa altura em que nada me apetecia senão ficar em casa de pijama, vejo-me obrigada a despir a preguiça, a tristeza e a depressão, todos os sábados e rumar até à sociedade 1º de Dezembro.
E fugindo da apatia, acabámos por caminhar o “Caminho da Solidão”, quanto a mim, um dos marcos mais importantes do nosso percurso, afinal dizem que as 1ª coisas mantêm, sempre, lugar de destaque, uma peça a recordar, com ela tirámos a primeira lição, “ O homem não pode governar o mundo sozinho.” Por isso reforço, ”a união faz a força”, e mantendo-nos unidos “morremos e vivemos por amor”, uma história na qual, qualquer um se pode identificar, uma história de mistério, de sofrimento, de procura pela verdade…uma história de amor que nos diz que os verdadeiros amores existem e que o amor está antes e depois de tudo, pois, “ O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta…” assim sendo, desculpámos a ausência de uma das nossas colegas, e dedicámos-lhe esta peça, uma prova de que os amigos não são sempre os que caminham a nosso lado, mas sim aqueles que nos trazem no coração mesmo que andemos mais distantes. E distante estava também a Páscoa, e nós ingénuos e incapazes de imaginar o êxito dos “ Passos de Uma Vida”, caminhámos inúmeras vezes para o cine-teatro, fizemos “madrugadas”, revemos o texto vezes sem fim, gritámos de desespero e impaciência uns com os outros, e na certeza de que ia ser um fiasco, eis que o senhor vice vai assistir a um ensaio, e o talento e a ética falam mais alto e apresentamos, finalmente, a peça sem um lapso!
Mas os lapsos e os erros também fazem parte do crescimento, não poderia deixar passar em branco, o momento em que todo o grupo paralisa no palco da Senhora d´Alegria e manda uma risada! Mas Deus escreve torto por linhas direitas, não foi nem A nem B, literalmente fomos todos! E assim ressalvo o nosso lema: O sucesso de um é o sucesso de todos, a falha de um é a falha de todos…
E por falar em sucesso, chegámos à feira medieval, três longos dias que antecipavam dois ou três meses de trabalho, nem sempre fácil, com muita agitação, com muita falta de assiduidade e pontualidade, com muito alarido e por vezes pouca responsabilidade, no entanto, superámos expectativas, envolvemos pessoas fora dos grupo, às quais agradecemos, mostrámos que há talento em cada canto de Castelo de Vide, mostrámos que não é preciso muito luxo, dinheiro ou posses, para chamar a atenção… prova disso foram as nossas espadas de cabos de vassoura que não resistiram a tanta pancada e acabaram por se partir em palco, mas, nem foi mau…deu um certo ar realista à cena… E real, foi também o fracasso dos microfones, falhavam a meio das falas, fazendo de nós gagos, mas quando alguém se irritou nos bastidores e disse algo menos bonito, os microfones captaram e todos ouvimos, por isso, vamos ter mais cuidado para a próxima…
E cuidado terá também que ter a Raquel da próxima vez que formos à praia, sim, porque os nossos nadadores- salvadores poderão nem sempre estar por perto… e aqui vem mais um dos pontos altos do nosso grupo, a viagem à Nazaré! Três carros, lotados, cheios de juventude, alegria, vida e muito, muito barulho…uma viagem quase sem fim, uns frangos à nossa espera, uma casa dividida ao meio, mas sem dúvida uma experiência deliciosa. Dela guardo o cansaço, as noites sem dormir, a viagem do bus para o concerto do Quim, os carrosséis, a chegada a casa e o ataque às caixas dos cereais, as conversas, os desabafos, as lágrimas soltas e verdadeira que nos correram a todos pela cara abaixo, as fotos, os vídeos e as inúmeras parvoeiras…
Parvoeiras é o que mais há, por aí, espalhado, por isso no “Calcei os teus Sapatos” o Espalharte descalça os preconceitos e subirá a palco um uma peça, que na minha opinião, é o melhor texto até hoje. Meninos cheios de talento, capazes e especiais espalhem a magia, espalhem a verdade, espalhem a arte… somos Espalharte, somos teatro.
HEsteves

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Para começar...

Ao som da música que em tempos era o som da tua chamada no meu telemóvel, escrevo este texto sem saber muito bem o que escrever de facto.

Estou numa relação, que no final de contas não é nenhuma relação… já te disse uma vez que és de extremos, tão depressa vivemos no 8 como no 80, e vamos balançando os dias entre o desequilíbrio de uma “amizade”, uma paixão, quiçá, até mesmo um amor… Amor que grita por todos os poros, mas que o medo e a cobardia calam no mais breve instante… por brincadeira até costumo dizer que somos o caso secreto que todos conhecem… um bom título para um filme. E sabes porquê? É difícil esconder sentimentos, calar olhares, conter os gestos, viver num mundo disfarçados de amigos normais, quando outros sentidos, falam mais alto, como o carinho, o desejo, a “irracionalidade”, a compreensão, e sabes do que falo, porque eu nunca te pedi grande coisa e tenho aceitado, durante, todos estes anos as tuas ausências, as tuas faltas de humor, as tuas birras, os teus silêncios, o teu pior e o teu melhor lado da melhor maneira, compreendendo e esperando, porque, ainda, quero acreditar quando me dizes que não podemos dizer “nuncas” e que talvez daqui a uns anos sejamos capazes de assumir aquilo que, hoje, escondemos como quem se mascara no carnaval.

Não sei se alguma vez te contei, mas talvez nem seja preciso, conheces a história tão bem quanto eu, sabes que me sinto em desvantagem, apesar de te conhecer há tantos ou mais anos, mas não te tenho tido sempre por perto, não te conheço alguns pormenores, não sei os teus gostos mais íntimos e particulares, e isso faz-me sentir insegura, contudo sei que também tu, não sabes por vezes do que gostas, que tens indecisões, que baralhas e misturas coisas, que não combinam mas que te sabem tão bem, quase como a tangerina na salada de fruta…e num mundo de “descombinações”, onde fugir às regras é a lei principal, apenas sei aquilo que vivo contigo, e consecutivamente terminamos e começamos dois anos juntos, embora a meio cortemos o cordão umbilical, mas eu sei e tu também que por muito que nos separemos, algo nos volta a unir, e vamos lá perceber porquê… numa história de raridade como a nossa, os porquês há muito que não se fazem, talvez seja um dos nossos erros, se lhes respondêssemos, quem sabe, já, estivéssemos juntos ou separados para sempre.

HEsteves
Mais um Natal e um Ano, e como diria Margarida Rebelo Pinto, " (...) Há coisas que nunca mudam, mesmo que deixem de existir (...)".

HEsteves