12ª carta...

Esta carta não será da minha autoria, mas achei interessante, até porque de certa forma complementa a carta anterior...Costumamos trocar o bom, por acharmos que vem sempre melhor, o certo é que dobramos esquina após esquina e percebemos que, afinal, perdemos o melhor que possuimos, e corremos o risco de nunca mais voltar a ter...

11ª Carta

Muita gente não gosta do número 11, dizem que é número de corno…será apenas uma superstição, os números não ditam o carácter de cada um. Mas uma vez que tocámos no assunto, vamos lá aqui, deixar um recadinho, para todos aqueles que já meteram os “cornos” ou até mesmo para os que foram “encornados”… O campo da fidelidade é um labirinto cheio de pontos de interrogação e reticências…há aqueles que traem e arrependem-se na hora a seguir, os que traem e acham que fizeram um grande feito, os traídos que nunca descobrem, os traídos que sempre souberam…e perguntamos, constantemente, o porquê de tais acções? O que leva uma pessoa a faltar ao respeito a ela mesma? Ninguém é perfeito…todos comentemos os nossos erros…acredito que já pecámos em pensamento…mas o que nos leva a entregar o nosso corpo por tão pouco? Não será apenas o corpo que se discute, falamos também de um conjunto de valores que dita a nossa racionalidade, e, aterrorizada talvez, conclui-o que afinal não passamos de seres irracionais e cruéis…capazes de ir atrás do nada, da ilusão e do sonho de chegar às estrelas…sem percebermos que, maior parte das vezes, as nossas estrelas estão em terra, com nome, cheiro e sentimentos… Mas, o mundo é uma pequena bola que gira, com encontros e desencontros, é uma teia de mentiras e traições…é um enredo de intrigas e perplexidades… Porém, por entre prazer, luxúria, dolo, paixão, mágoa…por entre gemidos e risadas, também há quem chore…também há quem enxugue lágrimas… também há quem ame… E porque eu, ainda, acredito nas pessoas boas e no amor, apenas deixo uma palavra aos que amam de verdade, “amem”…porque o amor é bom, e o que é bom nunca deve acabar… Aos restantes digo, somente, “cuidado”…as mentiras não duram para sempre…

HEsteves

10ª Carta...

O tempo passou…a vida foi-nos transformando a cada dia, hoje somos adultas, cada uma delineando a sua personalidade…na memória trazemos lembranças comuns: as brincadeiras na estação, as montadas no Manjerico, as idas às corridas de touros, as voltas de bicicleta, os desfiles de moda na nossa sala, etc, etc.
Há muito que já deixei de ser a tua menina de carrapito sempre no ar… há muito que já não roio as unhas e de seguida vou passa-las pela tua cara a ver se arranha, há muito que já não sou a tua única aluna, que levava tardes e tardes a ter que aprender a fazer o a,e,i,o,u…
Mas, lá te tornaste na professora que tanto sonhavas, e hoje vejo-te prestes a realizar um outro sonho…sei que tenho tido um comportamento um pouco “imparcial”, não é que na verdade o seja, e sei que talvez seja difícil compreenderem a minha posição…contudo, estou muito contente que possas realizar tamanho sonho, sonho que eu tive que deixar de sonhar, tornando-me por isso mais descrente e desapaixonada no que confere a estes assuntos, não o faço por mal, nem com intenção de magoar alguém, apenas me tive que assumir uma pessoa mais fria, de forma a me proteger a mim mesma. Porém quero que saibas que estou muito feliz por te ver feliz, e embora não aparente, cá dentro está o entusiasmo que nem sempre transparece cá para fora, e além disso, sei que sabes, que estarei sempre lá quando precisares…mantenho-me longe, mas atenta!!!
E desejo que este seja o começo de muitos e muitos anos de sonho e êxito…
Bom, e fiquemos por aqui, porque tu não és de lamechices e eu também não!
E para além disso, acho que as cartas que eu queria que fossem melhores, são as que me estão a sair pior, talvez porque de facto, seja mais difícil escrever palavras a pessoas especiais…

HEsteves

9ª carta...

Isto não será uma carta, mas talvez um bilhete…
Sei que não estou a ser correcta e trago essa verdade comigo, e, assim sendo, não peço desculpa, porque de nada valeria…
Não me querendo despreocupar contigo, a realidade é que estou, muito, mais preocupada comigo…
Peço desculpa pela franqueza das palavras, que pouco ou nada podem pesar, mas acredita, que o que pesa aqui não serão, apenas, as sílabas soletradas.
Bem haja.

HEsteves

8ª carta...

Caro “amigo”, sinceramente, penso que não mereces sequer constar nas linhas do meu blog, mas mais uma vez comprovo que “a melhor forma de combater o inimigo é continuar a amá-lo”…espero que percebas o sentido desta frase e que não o traduzas à letra, pois estarias a convencer-te de uma grande mentira!
Mas deixemo-nos de meias palavras, e não percamos mais tempo…o meu recadinho é curto e simples…antes de quereres proteger alguém, protege-te a ti mesmo!
Mesmo não simpatizando muito contigo, este poderia ser o conselho de uma grande amiga…e acredita, que pensei sê-lo em tempos, mas o tempo fez-me perceber que não serás, de todo, aquele “amigo” que merece que alguém parta uma perna por ti…
Não quero ferir susceptibilidades, mas não estaria a ser assertiva se usasse outras palavras para te descrever…contudo lembra-te sempre disto…quando eu te sorrio, o meu sorriso é genuíno, e, não cínico, tal como me sorriste no sábado passado…
Para terminar e podendo parecer irónico, desejo-te, mesmo do fundo do coração, que sejas feliz, acreditando que só assim perceberás o quanto já me fizeste infeliz!

HEsteves

7ª Carta...

O meu desejo era que esta carta fosse uma das melhores ou pelo menos uma das mais especiais…
Contudo sei que não serei capaz de encontrar as palavras certas hoje…mas escrevo-te porque é em ti que estou a pensar… Era o teu colo que me apetecia agora. E sabes porquê? Porque sei que o teu amor é um dos mais leais que tenho…
Não é difícil sabe-lo… basta recordar que te embalei vezes sem conta; que te dei papas na boca; que brinquei e brinquei contigo e que fomos crescendo, quase sem perceber, um com o outro…basta recordar que sempre que chegas à minha casa é por mim que perguntas; basta lembrar que quando eu mais precisei foste um dos que me limpaste as lágrimas; basta lembrar que somos capazes de ir na rua de mãos dadas…basta lembrar que quando tu precisaste foi por mim que chamaste, para eu te dar aquele abraço…basta lembrar que até quando estiveste menos consciente, a primeira pessoa por quem chamaste foi a” tua Leninha” e basta lembrar que sempre que podemos, partilhamos segredos, confissões, desabafos, sorrisos, fotografias, palavras e até mesmo a cama, apenas pelo “prazer” de dormirmos juntos…De inicio detestava dormir contigo, atravessavas-te na cama e ias-me empurrando para a ponta, resultado…nunca dormia nada de jeito, com medo de cair, mas sobretudo com medo de te magoar...engraçado, como estas pequenas coisas marcam as grandes relações…
Sabes? Neste momento precisava tanto que dos teus ingénuos 15 anos me desses uma das tuas palavras tão seguras e até mesmo racionais, capazes de me dar a segurança já perdida e a força já extinguida… sim, porque embora, ainda, pouco ou nada saibas da vida, sei que sabes como fazer-me sorrir…
Tanta e tanta coisa para dizer, e eu sem vocábulo…mas como às pessoas especiais nunca se consegue dizer tudo aquilo que são…acabo com três, só, palavras…Gosto de ti…

HEsteves