terça-feira, 31 de janeiro de 2012

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Dizem que sou boa oradora, que sei fazer uso das palavras...

Mas palavras não são mais que palavras... e como sinto que contigo elas bloqueiam, metade fica por dizer, empenhei-me mais nas atitudes, nos sorrisos, nos olhares... e só agora descubro isso... Mas repara bem...as noites em que te esperei só para te dar um beijinho de “boa noite”, a “estrelinha amarela”, a música da Adriana Calcanhoto que diz: “ Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu...assim sem você...”, o telefonema na passagem de ano, “ as fotos que te mandei”, “ o beijo roubado às 18.30 da tarde”...e tantas outras coisas...

Não estamos juntos só agora, há dois ou três meses, estivemos juntos uma vida inteira...vida que nos levou por caminhos diferentes, mas, que na verdade estiveram sempre bem paralelos... e cruzámo-nos inúmeras vezes... já te tinha amado antes, inclusive...Poderia dizer-te que a nossa história começou nas “grandiosas” festas do pouso, lembraste? Mas, na verdade, a nossa história começara bem antes...até porque não me lembro como é que eu te conheci...

O tempo foi passando...mas o destino quis que voltássemos a encontrar-nos, e hoje, mais uma vez, as tuas mensagens fazem memória do meu telemóvel, mais uma vez o teu sorriso faz parte do meu coração, mais uma vez o teu nome faz parte da minha vida...e como diz o Paulo Gonzo: “ Foste entrando sem querer” como já te tinha dito na noite de Natal...

Não sei se já alguém te tinha escrito assim alguma coisa...provavelmente, até já te escreveram coisas bem mais bonitas... Mas de facto as palavras não estão fluentes, talvez encontres mais nos meus olhos...contudo, quando te digo que fizeste diferença na minha vida, minto, porque a verdade é que tu para mim, sempre foste e serás diferente...

HEsteves

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sonhe...





" Você é do tamanho dos seus sonhos..."

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

"Quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar."

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Violeta...

Lena cansara-se de estar sempre na mesma história, história que não ata nem desata, história que não acaba em final feliz, nem em drama, e assim, decidiu arrumar aquele livro na prateleira e tirar um outro, por coincidência, do mesmo autor.

Depois de ler as primeiras linhas, constatou espantada, que Violeta, uma das personagens principais do outro livro, ocupara também ali um dos principais papéis...porém, sendo ela a protagonista de ambas as histórias, parecia não viver a sua verdadeira história... metida em triângulos amorosos, sendo amante, mulher desejada, sendo amada, mulher abandonada, traidora, traída, feliz, infeliz...”carregava” consigo todas as noites uma “cruz”, cruz a que ninguém poderia tomar o peso.

Na primeira história Violeta amara um só homem, sofrera a sua ausência, respeitara a sua escolha, ouvira o seu silêncio e acolheu a sua saudade sempre que ele voltara a tocar-lhe na campainha do coração...hoje Violeta vivia dividida entre o amor de dois homens, homens que por sua vez também tinha outra mulher...cinco pessoas, cinco sentimentos diferentes, cinco vidas indecisas...Mas apesar de tudo, Violeta todas as noites rezava...deixou de pedir para ficar com A ou com B, apenas pedia a Deus que lhe colocasse a felicidade no caminho, não só no dela, mas de todas as outras personagens, pois a vida parecia-lhe estar a ser muito injusta para tamanhos amores...

Lena não chegou, ainda, ao final do livro...não sabe quando, nem onde estará desenhado as letras do “fim”...já ensonada conseguiu, ainda, reparar num lapso da gráfica, trocara o “T” por um “N” e a última frase dizia “ é sempre a mesma viola “Violena”...”


HEsteves

Como explicar o amor...

"Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
 A VERDADE preferiu não esconder-se, para quê? Se no final todos a encontravam?
 A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a ideia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.
 - Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.
 A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
 A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
 A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol.
 O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele.
 A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
 O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante.
 Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.
 - Um milhão - contou a LOUCURA, e começou a busca.
 A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus no céu sobre zoologia.
 Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
 Em um descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
 O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
 De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA.
 A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se.
 E assim foi encontrando a todos.
 O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA em uma cova escura; a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano); e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.
 Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local.
 A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
 Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
 Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito. Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
 A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
 Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha."
 
Autor Desconhecido

( SE AMAR É UMA LOUCURA, ENTÃO, EU SOU UMA LOUCA ASSUMIDA...)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2011


Obrigado aos dias de chuva, fizeram-me lembrar que também há dias de sol...obrigado aos barulhos, fizeram-me lembrar como é bom ouvir o silêncio... obrigado às tristezas, fizeram-me valorizar as alegrias...obrigado às lágrimas, fizeram-me lembrar que há sorrisos, obrigado aos pesadelos, fizeram-me lembrar os sonhos...obrigado às dificuldades, fizeram-me valorizar os esforços...obrigado aos falsos “amigos”, fizeram-me valorizar os verdadeiros...Obrigado aos momentos inertes, fizeram-me lembrar o movimento...obrigado às derrotas, fizeram-me valorizar as vitórias...Obrigado às desilusões, fizeram-me lembrar aquele abraço...obrigado às palavras amargas, fizeram-me lembrar os carinhos...obrigado às desmotivações, fizeram-me lembrar o entusiasmo...obrigado às mentiras, fizeram-me lembrar a verdade...obrigado aos erros, fizeram-me lembrar que é com eles que crescemos...obrigado aos momentos de discussão, fizeram-me lembrar que é bom perdoar...obrigado às saudades, fizeram-me lembrar  os momentos bons...obrigado aos batimentos acelerados e ao tremores, fizeram-me lembrar o amor...obrigado às despedidas, fizeram-me lembrar que haverá sempre um amanhã...obrigado ao 2011...que me fez lembrar que  sou vida...
HEsteves