domingo, 27 de outubro de 2013

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 "O tempo irrompe pela nossa forma de sentir, na nossa forma de amar. Quebramos os minutos, pensamos que o amanhã será o grande dia e quando, o amanhã chega, voltamos a adiar a nossa luta para o dia seguinte. Assim vamos vivendo, ou melhor dizendo, vamos apenas sobrevivendo numa vida meio vivida, meio esquecida. Pensamos demais, pensamos tanto que acabamos por cometer o maior erro da vida, não vivermos porque nem sequer fomos capazes de tentar.
Fala-se de amor, de uma necessidade que existe de se encontrar pessoas que saibam amar e, quando as vemos, o que se faz? Nada, porque voltamos a comparar pessoas e a pensar que vamos passar pelo que passamos anteriormente.
Ora, se nascemos para amar e ser amados e não o fazemos, então o que estamos a fazer? Estamos a adiar a história, e com isto, acabamos por anular um tanto que poderia ser vivido e que acaba em nada que te faz arrepender.
A maioria das pessoas arrepende-se de não ter vivido algo, lamenta, mas esquece-se que a principal culpada é ela mesma (…)
O que existe é um comodismo tremendo de quem quer amar e espera que o amor seja construído sem fazer nada. Se assim fosse tudo seria fácil e todos viveríamos um amor sem saber o que ele, realmente, é. Temos de saber viver dualismos, experimentar vitórias e derrotas, amores e desamores. É desta forma que aprendemos a viver, a seguir em passos firmes, sonhando e tentando que esses sonhos sejam vividos.
Tentando? Não, não gosto da palavra tentar, gosto mais da palavra batalhar. Falam que o amor se perdeu, que já sentem a distância a surgir mas, quando se fala de amor, a distância física, nada é, comparada com o sentimento nutrido.
Não se entreguem às desculpas, àquelas típicas frases já tanto ouvidas como “Ah! Hoje estou com imenso trabalho, amanhã eu tento” ou então “ Se ele/a não diz nada porque serei eu a dizer primeiro?”
Tantos são os amores que morrem mesmo antes de existir (…)”

(Texto retirado do blog “Pedacinhos de mim”)

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