"O tempo irrompe pela nossa forma de sentir, na nossa forma
de amar. Quebramos os minutos, pensamos que o amanhã será o grande dia e
quando, o amanhã chega, voltamos a adiar a nossa luta para o dia seguinte.
Assim vamos vivendo, ou melhor dizendo, vamos apenas sobrevivendo numa vida
meio vivida, meio esquecida. Pensamos demais, pensamos tanto que acabamos por
cometer o maior erro da vida, não vivermos porque nem sequer fomos capazes de
tentar.
Fala-se de amor, de uma necessidade que existe de se
encontrar pessoas que saibam amar e, quando as vemos, o que se faz? Nada,
porque voltamos a comparar pessoas e a pensar que vamos passar pelo que
passamos anteriormente.
Ora, se nascemos para amar e ser amados e não o fazemos, então
o que estamos a fazer? Estamos a adiar a história, e com isto, acabamos por
anular um tanto que poderia ser vivido e que acaba em nada que te faz
arrepender.
A maioria das pessoas arrepende-se de não ter vivido algo,
lamenta, mas esquece-se que a principal culpada é ela mesma (…)
O que existe é um comodismo tremendo de quem quer amar e
espera que o amor seja construído sem fazer nada. Se assim fosse tudo seria
fácil e todos viveríamos um amor sem saber o que ele, realmente, é. Temos de
saber viver dualismos, experimentar vitórias e derrotas, amores e desamores. É
desta forma que aprendemos a viver, a seguir em passos firmes, sonhando e tentando
que esses sonhos sejam vividos.
Tentando? Não, não gosto da palavra tentar, gosto mais da
palavra batalhar. Falam que o amor se perdeu, que já sentem a distância a
surgir mas, quando se fala de amor, a distância física, nada é, comparada com o
sentimento nutrido.
Não se entreguem às desculpas, àquelas típicas frases já
tanto ouvidas como “Ah! Hoje estou com imenso trabalho, amanhã eu tento” ou então
“ Se ele/a não diz nada porque serei eu a dizer primeiro?”
Tantos são os amores que morrem mesmo antes de existir (…)”
(Texto retirado do blog “Pedacinhos de mim”)
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