sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

"A Gente vai continuar"



Confesso que não conhecia esta música. Foi um "amigo" que me a deu a conhecer. Penso que lhe posso chamar de "AMIGO", pelo menos tem ouvido os meus desabafos e tem-me feito sorrir nos dias em que estou mais aborrecida.
" o que lá vai, já deu, o que tinha a dar", contrariando a música, contigo aprendi que nunca nada se dá por terminado...e que nas histórias podemos sempre escrever mais qualquer coisa...depois de tanto tempo sem falarmos, voltámos a escrever um novo parágrafo na "nossa História", "quem ganhou, ganhou e usou-se disso", sobre esta frase, que posso eu dizer? naquela altura ganhaste-me..."Quem perdeu ha-de ter mais escadas para dar" e na verdade mostrei-te que fui superior a tudo isso, que nao guardei ressentimentos, e que andei para a frente..."enquanto houver estrada para andar, agente vai continuar" espero continuar a andar, mesmo que tenhamos caminhos opostos, espero que a nossa amizade continue com a força do "vento e do mar", porque agente vai continuar...
HEsteves

"Um dia pela vida"


Já se passaram alguns anos, mas quase que ainda consigo ouvir os gemidos de dor que ela tentava calar, quase que ainda a consigo ver a correr do quarto para a casa de banho, e depois, o som do autoclismo, as madeixas de cabelo espalhadas na almofada…
Perdemos a conta, das vezes que a esperamos daquele desgastante tratamento, perdemos a conta, das pessoas que a visitavam e saiam de lá emocionadas, perdemos a conta, das vezes que ela deu força e segurança, àqueles que já a choravam, mesmo antes de a perder, perdemos a conta, das vezes que nos juntámos em família, sem saber qual seria a ultima vez… no entanto, um pressagio, uma coruja toda a noite cantou… e naquele dia, quando entrou para a ambulância, ela sabia que não voltaria e despediu-se daqueles a rodeavam com um sorriso.
Hoje quando olho para a sua fotografia, muitas vezes caiem-me as lágrimas, mas sorrio, porque sei que esteja ela onde estiver, ela estará a olhar por mim…porque as pessoas importantes e especiais, só morrem com a nossa própria morte.
Assim, é por tudo isto, que me dedico a causas nobres, “ Um Dia pela Vida” é uma campanha de solidariedade promovida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. Desta forma, amanhã pelas 22horas não falte ao tradicional “Baile das Camélias” no Centro Municipal de Cultura em Castelo de Vide. Uma iniciativa da equipa dos Serafins, da qual sou a Sub-capitã…ajude-nos a ajudar! Não falte!
“Hoje dançamos por eles, amanhã dançamos por nós”.

HEsteves

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Quero-te, simplesmente, bem


"Quero-te bem, acreditas? Não preciso de saber onde andas, se ris hoje ou se choras amanha. O meu querer-te bem é outro, é contínuo. Se precisares chama por mim e reclama comigo se te faz bem. Gosto de ti por inteiro, gosto até do teu mau feitio que me faz virar-te as costas, um acto infantil que adoras mandar-me à cara. Podia relembrar muitos mas nem tu nem eu temos tempo para isso, para nós. O tempo tramou-nos, fez-nos ficar tão distantes como se sempre tivéssemos sido só conhecidos. Não faz mal, ficas assim o meu conhecido mais próximo, ok? E se precisares, já sabes, é só chamares-me nem que seja para dizeres que não cresço. Eu concerteza que aproveito para pedir café."

Olga

Estou...


Estou a correr a vida que deixei para trás, a explorar cada passo, cada lugar, cada ser…Estou a descobrir a beleza que deixei de ver, porque apenas uma me ofuscava, beleza que hoje não sei se brilha ou se está mais escura que a noite, mas se assim dor, que venha a lua cheia e a ilumine.
Estou a recuperar a liberdade que ninguém me tirou mas que eu dei a alguém…percebo também, que a independência nem sempre vem com esta e que o seu sabor pode ser de prisão.
Estou a aprender a dizer as palavras que calei, a abandonar o silêncio que me ensinaram…estou a aprender que as palavras não passam de sílabas e que as sílabas são, somente, letras que podem não significar o que se escreve…
Estou a aprender que o sonho comanda a vida, mas que esta se rege pela realidade, que tudo não passa de uma montanha russa que nos diverte e assusta, que sobe e desce derrepente…
Estou a aprender a perder, mas ao mesmo tempo a ganhar a esperança onde já se perdeu…a nunca perder o sorriso, mesmo quando as lágrimas caírem gota a gota…estou a aprender que o tempo não é nenhum cirurgião, que não cura dor alguma, que muitas vezes agrava, e quanto mais tempo passa menos vida temos…
Estou a aprender que o muito pode não valer nada e que o nada pode ser tudo…estou a aprender que o dia de amanha é uma incógnita e que eu sou o ponto de interrogação ou as reticencias que deixam tudo em aberto….
Mas acima de tudo, hoje aprendi que não preciso de nada para te lembrar…e que preciso de tudo para te esquecer…

HEsteves

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um Dia Pela Vida


" Um Dia Pela VIDA" é uma campanha de solidariedade da Liga Portuguesa Contra o Cancro, com o objectivo de angariar fundos para a aquisição de uma carrinha para rastreios.
Este movimento já passou por várias cidades, tais como: Coruche, Lamego, Elvas, Moura, Castelo Branco, Benavente, Funchal, etc. Presentemente a Campanha está a decorrer em Portalegre desde Dezembro de 2009 até Abril, sendo a festa de encerramento no dia 17 do último mês referido.
Para participar nesta causa, basta formar uma equipa com o mínimo de oito elementos, onde inicialmente cada membro contribuirá com 10€, correspondente a uma t-shirt. Para além disto, cada equipa poderá responsabilizar-se pela venda de outros bens materiais, bem como organização de actividades, onde os lucros obtidos reverterão a favor da Liga.
Assim, a equipa os Serafins (Anjos da Caridade e da Inteligência), decidiram organizar o tradicional "Baile" da Pinhata e da Camélia, o primeiro terá lugar no dia 20 de Fevereiro pelas 22 horas, no Centro Municipal de Cultura de Castelo de Vide, já o segundo será no dia 27 de Fevereiro. Há que salientar que já foram várias as actividades promovidas por outras equipas...No entanto esta é uma forma descontraída de ajudar uma causa tão nobre...Não falte! E nunca se esqueça...Hoje, dançamos por eles, amanhã, dançamos por nós...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

No seu jardim...


Para quem diz não amar-“me”, para quem diz estar tão feliz e fazer juras de amor eterno, dizendo que a actual companheira é “única rosa, num jardim imenso de espinhos”, gasta, desperdiça demasiado tempo a olhar para o vago…para aquela que deve ter deixado o seu jardim imundo de… picos! Mas fico contente que ela seja a sua rosa, pois essas sim têm espinhos, apesar de bonitas, não nego…
Sabem? Prefiro ser a papoila do seu jardim, aquela flor simples e raquítica que ninguém colhe… prefiro ser simples e discreta…mas a papoila, é aquela florzita que pode levar ao êxtase, à loucura, ao vicio… perigosa? Como é que algo tão frágil pode ser perigoso? Acreditem, nós é que desenhamos os perigos, os vícios, nós é que nos fazemos loucos, sombrios, frustrados, e, também, nós é que desenhamos as linhas da nossa própria felicidade…e por isso, infeliz, talvez, continuo a caminhar no tal jardim de espinhos, porque embora me continue a doer, quase que pude ouvir a tua voz…nesses olhares que tentas não olhar! Não sei o que cada um me dizia…mas também não me importa, acho que apenas o olhar é um sinal que algo ainda vive…e mesmo doendo…continuo a caminhar sobre as folhas velhas e secas caídas no chão…aquelas que guardam consigo a história que nos une.
Pode ser difícil acreditares, mas quero muito que sejas feliz, na profunda convicção que a tua felicidade será a minha e a minha será a tua, por isso e desculpa-me a franqueza, mas gostava muito que essa rosa que tanto amas hoje te pique um dia, te abra uma ferida e que corras por esse teu jardim de espinhos à procura das verdadeiras flores do campo, aquelas que nos dão o oxigénio que precisamos, mas que tantas vezes pisamos…
HESteves

A melhor cantora internacional

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Carnaval



Afinal o que é o Carnaval?
A festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma.
O "Carnaval" está relacionado com a concepção de "afastamento" dos prazeres da carne, marcado pela expressão "carne vale", dando origem à palavra "Carnaval".
Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, o período carnavalesco é um tempo de festejos, alegria e criatividade. Cada pessoa pode encarnar várias personagens, através de mascaras e fantasias… Assim, foram vários os meus disfarces este ano, apesar de não andar com grande espírito para folias…
Contudo, e apesar de ter sido um período de emoções fortes, acabei por me divertir…nem tudo foi cor-de-rosa, nem tudo foi gargalhadas… Há que salientar, que uns se disfarçam nesta altura, outros se calhar disfarçam-se daquilo que são realmente, e, assim, encontramos de tudo: palhaços, mágicos, bruxas, animais, bonecas de trapos, e, até, anjos!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Chega!
Chega de quererem fazer reviver uma pessoa que já não existe.
Percebam todos de uma vez por todas, que ela morreu…sim, foi ele que a matou…mas não o crucifiquem, ele matou-a, mas continua a viver, ele continua à procura da verdadeira felicidade, deixem-no ser feliz…afinal, qual de nós não cometeu já um grande erro? Qual de nós, não matou já algo noutra pessoa? Quem não desiludiu já a pessoa que mais nos ama? Quem?
Hoje ela está morta…já não é aquela menina popular que todos adoram e dão mimos, já não é a miúda tímida mas com o descaramento e boa disposição que todos conhecem, já não é a menina de sorriso sempre aberto, já não é a menina forte mas de coração mole, já não é aquele ser fascinante que cativava a cada palavra, a cada gesto…
Hoje restam apenas as memórias…ela morreu…e temos de aprender a viver com o sua ausência, com o seu silêncio, com as lágrimas que a sua morte trouxe…ela hoje é a menina frágil de coração de gelo…nada mais a faz sorrir, os seus gestos simples e atraentes ficaram para trás…só a recordação os pode conter…
Ele matou-a! Ela morreu…mas mesmo assim, ela deixou-lhe a melhor herança de todas, o seu coração…

HEsteves

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Reflexão: “ Programa Nacional De Cuidados Paliativos”

“ Necessitamos de uma ciência coerente da morte, pois se cuidar do paciente terminal é difícil e desgastante, mais difícil e desgastante se torna, se para controlar a ansiedade recorrermos à negação e falácias, apesar da nossa tendência para sofismar e negar, podemos aperfeiçoar os nossos métodos para lidar com a terminalidade. Podemos mesmo tornar-nos capazes de ajudar a tornar a morte mais aceitável e apropriada”. Torres, W (1979); O conceito de morte na criança.

Tal como o nascimento, também a morte é um processo natural da vida humana. Porém, é muitas vezes encarada como algo doloroso que provoca angústia e dor.
São muitas as pessoas que temem a morte, ou porque acham que a vida é muito curta e que nem tudo foi aproveitado da melhor maneira, ou pela simples razão de trazer dor e o sofrimento àqueles que os rodeiam.
No entanto, ninguém a pode evitar, sobretudo quando sofremos de uma doença que nos leva ao fim das nossas vidas, já não existe tratamento, resta-nos apenas o acompanhamento, no sentido de tratar, cuidar e apoiar de forma activa os doentes na fase final das suas vidas.
Não esquecendo que o envelhecimento se torna cada vez mais uma realidade bastante preocupante, nem que se regista um aumento da incidência do cancro e dos casos de SIDA e de algumas doenças de foro neurológico graves e rapidamente progressivas, provocando um grande impacto social.
Desta forma a 15 de Junho de 2004, aprovou-se o Plano de Cuidados Paliativos, dando apoio aos doentes que se aproximam da morte, e também apoiando as famílias dos mesmos, pretende-se o alívio dos sintomas; o apoio psicológico, espiritual e emocional; apoio às famílias durante o luto e a interdisciplinariedade. Para que as famílias possam ter um papel activo, visto serem um elemento essencial neste processo, vão ter de receber apoio, informação e instrução da equipa prestadora de cuidados paliativos. No fundo, este plano pretende aumentar a qualidade de vida dos doentes, respondendo às necessidades das comunidades, e também às necessidades, preferências e desejos dos doentes. Aqui o “doente vale por quem é, e vale até à sua morte”, onde “ o sofrimento e o medo perante a morte, são realidades humanas que podem ser médica e humanamente apoiadas, até ao fim”.

HEsteves

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mendigo


De noite ou de dia
sozinhos pela rua...
Não têm moradia
Seu manto é a lua...

A sua alma amrrotada
Aguenta, firme, o sentimento
De uma vida falhada
Naquele simples momento

A vida trouxe-lhe a desilusão,
Os sonhos desaparecem com a realidade
Vivem como estranhos, mas não o são!
Na nossa Complexa sociedade...

É o conhecido mendigo,
Que passa o tempo a vaguear...
O tal de Sem-abrigo!
Que é preciso ajudar...

HEsteves

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Times Like These




Eu…
Eu sou uma estrada com um único sentido,
Tu és uma estrada para bem longe…
Eu sou quem te acompanha sempre no caminho…
Eu…
Eu sou a luz que se apagou,
Tu és a luz ofuscante, que parece não parar de piscar,
Mas é nestes momentos que eu aprendo a viver,
Eu entrego-me e reentrego-me a “nós”…
É nestas horas que tu devias reaprender amar…
Tu és o dia que nasce,
Eu a estrela apagada da noite,
Eu estou dividida, às vezes não sei se devo fugir ou ficar…
Eu não sei se devo deixar tudo para trás…
Tu já me deixaste…e eu baixei os braços e deixo cair as lágrimas…
Mas é nestes momentos que eu aprendo a viver de novo,
Eu entrego-me e reentrego-me a “nós”…
É nestes momentos que TU devias REAPRENDER a AMAR…

(adaptado)
HESTEVES

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O "segredo"


Como se tem vindo a tornar hábito, nos últimos tempos, à noite, venho até à net, para passar um pouco de tempo…e por aqui vou divagando, aproveito e meto a conversa em dia, com os amigos mais distantes e até mesmo com os que estão bem perto, mas que por impossibilidades da vida quotidiana não nos encontramos, e assim se vai passando o serão, com conversas banais e “balelas” que uns e outros vão dizendo…no entanto, ontem numa dessas conversas, surge um tema mais sério. O diálogo toma proporção e deixa-me, completamente, estupefacta…
Quando acabei de ler aquelas palavras, fiquei 5 minutos a olhar para o ecrã, sem saber o que responder, foi então que pedi desculpa pela ausência de palavras num momento como aquele…sem mais nem menos, do outro lado, estava uma pessoa a partilhar um “segredo” comigo, que ao que parece, só ela e outra pessoa muito próxima conheciam…
Senti o peso da responsabilidade e ao mesmo tempo a leveza da confiança de outrem em mim… Até agora, não sei bem quais as razões que levaram a pessoa a contar-me o seu “segredo”, mas sejam lá quais foram e veja ela o que vir em mim, o seu segredo ou “desabafo” como ela lhe chamou…ficará comigo…
Ao fim disto tudo, foi impossível não retirar nenhuma lição… e a única coisa que vos posso dizer…Vivam o dia de hoje, não pensem no amanhã e não lembrem o de ontem…Sabemos que é tudo teoria, que na prática nada é assim tão fácil, mas como ele me disse: “ Procuro sempre que o amanha não seja pior que o hoje”…
Helena Esteves