segunda-feira, 8 de abril de 2013

Morda e sinta...

Numa escrita desmedida, sem o real do quotidiano, ou numa realidade absoluta teria todos os ingredientes para uma (des) gostosa desilusão, comecei a fazer o refogado e levei a lume brando, onde o calor do coração desperta o aroma do petisco, recorri às pálpebras para deitar uma pitada de sal, mas apercebi-me que estavam vazias… e para bater à porta da vizinha já era tarde…

Então, passar a um plano B… deitar um pouco de água na fervura; picar todos os ingredientes mais amargos para nem se ver a cor; redobrar na coragem e ao mesmo tempo na sensatez, acrescentar uma colher de ironia para apimentar a coisa; deixar as cebolas de lado para ninguém chorar; um pacotinho de açúcar; uma colher de canela e uma raspa de limão para o doce não sobressair… um gosto agridoce fascina e desperta os sentidos de qualquer um…não é bom nem é mau, mas não conseguimos deixar de provar!

Mistura-se tudo, leva-se ao forno… passado uma noite bem dormida, tira-se com a luva da razão para não haver queimaduras e serve-se a quem merecer.

Deverá por duas rodelas de pepino, ou uma base bem espalhada é quanto baste… sirvam com o melhor sorriso e, se for o caso, passem um batom vermelho nos lábios.

Deseje bom proveito e retire-se.

A degustação cabe a cada um…

HEsteves

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