quinta-feira, 11 de abril de 2013

Destino (im)previsível ...

Eu ia escrever-te na sexta-feira, dia em que farias 4 meses, porém o destino trouxe-nos um ao outro antes, e assim sendo, altero o meu discurso e antecipo esta mensagem. Este texto é para ti, porque sei que me acompanhas, e se assim o é, tento dizer-te que não espero que saibas, mas que quero que sintas que estou a precisar de ti.

Não vou entrar em grandes pormenores, basta nós os dois sabermos… lembro-me numa das últimas vezes em que te ouvi a voz, dizeres: “ são só 15 dias, um mês…” essa era a mentira em que queríamos acreditar, sabíamos que a vida nos ia separar ali, por muito mais tempo. Mas o tempo a mim não me assusta, a existência já me mostrou que tudo o que é verdadeiro resiste… e eu nem nunca fiz tensões de resistir tantos e tantos anos contigo. A verdade é que estas coisas não se escolhem, acabam por se dilatar na passagem, por vezes, demorada ou veloz dos dias.

Dizes que tudo mudou, desde então, eu não concordo… revejo este momento em tantos outros que já vivemos… o distanciamento, o esquecimento quase conquistado e a união, por ironia, às custas de quem nos separa… As crises de sempre, os medos, as dúvidas, e depois a força da amizade e do amor, que esta concerne, a perdoar todos os erros e mais algum!

Tu estás a pensar que estou diferente… Mais fria, menos doce, menos flexível e compreensiva… mas sabes? Continua a doer muito… ter que me calar quando a vontade é falar… ter de cruzar os braços quando a vontade é ir à luta… estar em “guerra” quando a palavra “PAZ” é a mais proferidas nas conversas… ter de me fazer indiferente quando a vontade é dar-te um abraço… doí… e é uma dor já sem lágrimas, mais fundada e pesada…eu preferia ficar com os olhos inchados e chorar, chorar até tudo se tornar mais leve…mas já não sou capaz… não devia doer, eu sei… mas não te preocupes, eu estou bem, com um ou outro sorriso a menos, mas sempre bem… Sei que tu também choras, desalmadamente ou em silêncio, porque sabes que o caminho por onde enveredaste não te levará ao que tanto desejas e anseias.

Não te julgo, nem tenho o direito… apenas o dever de me preocupar…

Ao contrário do que possam pensar, esta é uma “declaração de amor” sincera, sem pedidos nem retaliações… é somente um “escritinho” de saudades… saudades de te ver sem quase nada, mas quase sempre feliz…

P.s- Se estou numa relação? Rio para mim mesma… Quanto tempo esperarias pela outra parte, que acreditas ser, a parte da tua vida?

Não quero magoar ninguém…doeu? Identificaste-te aqui? Pega no telefone e liga… Para que te possa pedir desculpa...

 


HEsteves

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