sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Daniela...

Escrever sobre algo ou alguém que gostamos pode ser demasiado fácil ou vice-versa. Fácil porque conhecemos a essência em si, sabemos qual é a direita e a esquerda da situação, fácil porque somos parte do que se descreve…mas muitas vezes o fácil torna-se difícil, porque é complicado utilizar palavras certas para descrições perfeitas.

Hoje vou escrever sobre a amizade, e poderia escolher várias pessoas, porque sei que tenho comigo alguns e sérios amigos de coração e não amigos momentâneos ou ligeiros… Esses também os tenho, e talvez um dia perca tempo para falar deles, mas não hoje…hoje irei falar de uma amiga que chama à minha mãe de tia, e por aqui já começo a descrever o grau íntimo e relacional que mantemos.

Frequentamos a casa uma da outra desde sempre, a sua irmã era a minha melhor amiga, nunca ia para a escola sem antes passar na minha casa a chamar-me, e, pronto, claro, lá tinha de esperar por mim porque, eu, com a minha “super vontade e entusiasmo “estava sempre atrasada… passávamos os dias juntas, enfiadas na casa uma da outra, éramos felizes e vivíamos, naturalmente, os acontecimentos que a idade nos exigia… e é desta forma que surge a Daniela, uma menina, ligeiramente, mais nova que nós, a quem na altura escondíamos os segredinhos e mexericos… mas a vida é de facto uma ironia, hoje é a mesma Daniela que partilha comigo todos os meus “segredos”, sabe de mim o que poucos sabem… e a verdade é que nem preciso de ir tão frequentemente à casa dela… porque os amigos são assim, não precisam de estar sempre juntos para estarem connosco.

A Daniela é uma menina, e chamo-a de “menina” carinhosamente, porque não é isso que acho dela, muito pelo contrário, penso que é uma mulher e de M maiúsculo, que carrega uma personalidade muito característica: leal, compreensiva, respeitadora, uma certa timidez com um toque de “descaramento”, amiga, controlada, de uma sensibilidade acentuada mas pouco perceptível, responsável, trabalhadora, prestável …com muitas outras características fazendo dela uma pessoa cheia de qualidades e defeitos, mas sendo para mim, alguém muito especial… E por isso, quando ela precisar eu estarei sempre aqui, quando a sua "luz" se apagar eu terei um isqueiro para acender... Porque tal como eu, ela nem sempre tem vontade de sorrir, mas arranjamos sempre jeito de dar aquela curva nos lábios...
Sei que gostariam que descrevesse mais pormenores, e apesar de confessar que, eu própria, não esperava que o texto seguisse esta matriz vou ficar-me por aqui, porque de facto nem sempre é fácil escrever sobre quem mais gostamos…

HEsteves

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