sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Um pacote de sal!



Hoje foi um daqueles dias que me levantei da cama porque me tinha que levantar e cumprir compromissos… uma sensação estranha que há muito não sentia, deu-me os bons dias de manhã.
 Liguei o telemóvel e lembrara-me que deixei uma mensagem pendente por falta de paciência para responder… os “ok´s”, “pois”, “ta”, tornam-se “limites intransponíveis” que conseguem acabar com qualquer diálogo. Do alto do meu mau humor, peguei no telemóvel e respondi ao “pois” que ficou com o meu silêncio toda a noite, porém esqueci-me de ter que agradar, de ser simpática e de ter que ter sempre um discurso concordante. Perguntei à pessoa se me fazia um favor, sabendo, eu, que a resposta imediata seria “diz”! Antes de responder fui almoçar, e levando já pouca energia, gastei o que me sobrava numa discussão. Virei costas e recolhi-me no meu silêncio.
No fervor da situação, respondo “ Vai comprar um pacote de sal!” A pessoa incrédula, com certeza, com o que acabara de ler pergunta-me “ qual é o teu problema?” No entanto poupa-me a resposta, porque passado alguns minutos liga-me. No momento não atendi, retornei minutos depois, não me atendeu… mal desligo, já o telemóvel tocava. Ouço a voz… como gosto de ouvir aquele tom… as lágrimas deslizaram cara abaixo… é engraçado como somos um inverso, quando um está “desequilibrado” o outro modesto e sensato está lá, e dá-nos aquele conforto bom que só algumas pessoas nos fazem sentir… Chega a ser cómico, controverso, inebriante e perturbador… bem dizem e é verdade “ há razões que a própria razão desconhece.”
 Mas se lhe tivesse de responder, diria que o meu problema é gostar dele de qualquer maneira!


 Há coisas que mesmo sem sal, nos sabem sempre muito bem…

HEsteves

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