segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"Estilo" outras escritoras




"Tudo o que vai volta, mas nem tudo o que volta encontra o que deixou."


A um "grande" amigo...
Percebo como é fácil prendermos e arrastarmos alguém connosco durante muito tempo, vivi-o durante anos, a verdade é que sempre fui muito senhora do meu nariz e muito pouco senhora do meu coração. Mas sabes? Devias ter-me libertado mais cedo, pois assim ficarias sempre bem na imagem e poupavas-me à repugnância que sinto só de te lembrar. Não precisávamos ter chegado a isto, e eu tentei, sabes que tentei falar uma última vez… Por incrível que pareça, és a primeira pessoa a despertar-me algo menos bom, sabes que não sou de ressentimentos nem mágoas, nunca odiei ninguém… mas esta repulsa que te sinto, preocupa-me, o meu “amor” contigo está doente.

Contudo, ainda, acredito que um dia crescerás e contigo a tua admiração por mim, não pela mulher que sou hoje, mas pela mulher que fui contigo… mulher que manteve sempre, ou tentou maioritariamente, ser equilibrada; mulher que te abraçou e respeitou mesmo sabendo que não escolhias o acertado; mulher que te limpou as lágrimas quando o que merecias era um par de estalos e uma daquelas frases clichés: “enquanto choras não mijas”; mulher que nunca te achincalhou quando merecias ter levado com todos os insultos;  mulher que te protegeu, defendeu e susteve sempre a compostura na tua frente e em situações caricatas com a tua ex. Coitada da tua ex, com a sua mão cheia de defeitos e falhas… no entanto percebo que o problema não era eu nem ela, o problema eras tu, sempre foste… quando não gostamos de nós, não confiamos nem nos respeitamos a nós mesmos, jamais conseguiremos fazê-lo com quem nos rodeia, e só por isso já começo a ter pena da actual amiga, companheira, namorada ou lá como lhe queiras chamar, mal sabe ela no que vai cair! Sim, porque eu não acredito em amores repentinos e muito menos que tenhas mudado, até porque não se nota nada…

Agora também percebo porque é que os meus amigos e até os “teus” não te achavam lá muita graça, é que no meio desta “palhaçada” eu nunca chorei de rir, e eles sabiam-no… Mas eu lutei e teria lutado contra tudo e todos, não fosse o meu nome de guerreira…porém estou tentada a dar-lhes a razão, tu não eras nem és homem para mim, eu sou mulher demais.

Soa na sabedoria popular que “há coisas que mais vale perdermos que acharmos”, que te tenha então perdido, assumindo e enfrentado a dor que me corrompe. Nos próximos tempos se te vir de um lado da rua, passarei para o outro, se estiver no mesmo espaço que tu, virarei as costas ou abandonarei o local, mas no dia que o meu olhar encontrar o teu, lembra-te que te tornaste um estranho para mim…

Talvez, ainda, me procures mais tarde… estarás no teu direito… talvez eu não te vire a cara, talvez te ouça, mas talvez te falhe como me falhaste sempre nos momentos que mais precisei, talvez este seja o teu termo de amizade, talvez me o tenhas ensinado e talvez o mereças sentir…

Uma coisa é certa, nem que corras até ao fim do mundo, não vais achar ninguém, ninguém que te tenha amado como eu… e sabes porquê? Porque os mortos não se desenterram, o meu amor tem as respirações contadas e com ele a pessoa que sempre te esperou…

HEsteves

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