sexta-feira, 10 de maio de 2013

"Páginas da Vida"

Na novela que habitualmente sigo, revi-me em certo momento e em determinada personagem, cujo nome, por coincidência é Helena.

Helena falava com o homem que se tornara especial ao longo da vida, discutiam o seu estado relacional: mais que amigos, menos que namorados… bons amigos talvez, mas seria pouco para o que partilhavam; amantes, palavra demasiado mal-intencionada para descrever uma amizade cheia de puro e natural amor… chegaram, então, à conclusão que eram uns amigos namorados.
O homem propôs deixarem essa hipótese e passarem a ser homem e mulher. Helena sorriu, e calmamente explicou que era tarde demais, sentia-se demasiado livre e independente para assumir qualquer tipo de relação que lhe pudesse cortar as assas, até porque, agora, tinha outros “encantos” que também a completavam, ele encolheu os ombros num entendimento incapaz de entender e perguntou se a sua reação não seria uma defesa por ter saído desiludida e marcada da sua última relação.

Helena de brilho nos olhos, serena e sensata respondeu que não estava desiludida, marcada sim… Não por ter terminado, mas pela forma como terminou, porque tudo na vida termina e ninguém é insubstituível.

A verdade é que aquela Helena, não poderia ser mais semelhante com a Helena deste lado, nutro exatamente o mesmo tipo de sentimento. Não estou desiludida com nenhuma relação do meu passado, marcam-me, apenas, as boas recordações e as formas estranhas como tudo terminou.

Hoje sou perfeitamente capaz de me relacionar com qualquer pessoa que já tenha partilhado uma parte do seu “pretérito perfeito” comigo, porque sei que já não os amo e não tenho qualquer tipo de ressentimento, embora possa passar uma imagem fria e altiva.
Por outro lado, sinto-me demasiado livre e independente, cheia de encantos que me ocupam e completam o tempo e a alma para ter alguém, mas sei que, há quem ache, que ter uma personalidade permanentemente ao meu lado, talvez, me pudesse fazer bem…

É verdade que a Helena da televisão interpreta uma senhora, cheia dos seus 50 anos, enquanto que a Helena deste blog é, apenas, uma “miúda”… Não que eu espere algo, mas quem sabe não vá, ainda, a minha lista de encantos aumentar…

HEsteves

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