segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cinquenta Sombras de Helly - Fim

Há muito que perdi o fio da meada da história de Helly… Umas vezes porque não tive tempo, outras porque novas histórias se revelavam, ou então, porque não me apetecia, simplesmente, escrever sobre ela.

Hoje em forma de remate, ou talvez não… a vida de amanhã só ao amanhã pertencerá… venho fazer um “apanhado” e dar-lhe o fim inacabado que penso que a história ainda tenha.

Helly e Simão viveram todo um jogo de sedução e conquista que acabou nos óbvios caminhos da entrega e do afecto, duas pessoas que se envolveram de forma espontânea e sem compromissos marcados, no entanto as posições que cada um tomava, fizeram com que o caminho fosse cheio de entraves e barreiras.

Inicialmente denotava-se que Simão estaria mais envolvido, mas partiam do pressuposto que não se amavam nem estavam apaixonados, gostando de estar na companhia um do outro, mas à medida que a relação evoluiu, o relacionamento desandou… talvez por medos, remorsos, ou pela noção de que eles não eram o caminho certo.

E foi assim, que aos poucos se foram desapegando, novas pessoas entraram na vida deles, novas histórias… e quando menos se esperava, tendo passado muito tempo, Helly recebe uma mensagem de Simão. Ela leu, sorriu e ignorou. Mas a vida teimou em reaproximá-los, e do nada, sem “quê” nem “porquês” voltaram a tocar-se, a beijar-se, a matar as saudades que não diziam ter mas que sentiam… Mais um momento isolado, mais um tempo “sozinhos” sem se manifestarem um no outro, e a história parecia ter acabado, é como se a última vez, fosse a despedida que da primeira não souberam concluir. Mas nada se findou ainda, voltaram, tempos mais tarde, a viver momentos que aos “olhos” de quem soubesse eram únicos…

E tudo foi mudando… o relacionamento de outrora, não era igual ao de hoje. Simão neste momento aborrece-se se Helly não partilha da mesma opinião ou se não lhe dá razão! Lembra-me as discussões dos meus pais, parece que ouço o meu pai a dizer para a minha mãe: “ eu nunca tenho razão!”

Se a preocupação e a afetação por outro alguém não nos dar a razão não é “amor”, não sei que outra definição lhe possa dar. Helly por seu lado conseguiu abrir o jogo com a maior amiga em comum de ambos, e quando o fez parece ter tirado quilos de cima. Porém e ironicamente, hoje, diz-se “apaixonada” por ele, vê nele todos os atributos que aprecia num homem, embora também lhe conheça os “defeitos” que a irrita e a chateia, mas se o amor é cego e mais cego é aquele que não quer ver, Helly seria desonesta, consigo mesma, se não admitisse, nesta altura do campeonato, que é ele que lhe preenche o pensamento nos tempos mórbidos, que lhe faz a máquina acelerar quando o vê e não espera… Contudo, Helly acha que se a história tivesse tido pernas para andar, não seria agora…

Em relação à pergunta que mais se impôs quando comecei a escrever sobre o caso as Cinquenta Sombras de Helly, revelo que esta história é real, os nomes são fictícios… Helly e Simão são alguém bem próximo, agradeço que não me questionem, não revelarei as suas identidades para ninguém… Creio que 3 ou 4 pessoas serão capazes de identificar… Mas mesmo que isso não aconteça, a moral da história é: vivam sem medos, preocupem-se com os outros, mas cismem na vossa felicidade, apaixonem-se quando tiverem de se apaixonar… quantas vezes vamos perder quem amamos porque tivemos medo de dar um passo errado? Para viver nas sombras, já basta as flores cobertas pelas árvores do jardim.

HEsteves

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