terça-feira, 8 de maio de 2012

" Perdidos e achados..."

Não tenho muito o hábito de ir aos “perdidos e achados”.


Raramente acho o que perco, e perco quase sempre o que não quero que outros achem… um trocadilho difícil, este. Por vezes perdemos coisas que não nos aquecem nem nos arrefecem, mas há tempos perdi algo que me “aquecia” muito os dias… perdemos coisas que nos fazem bem por mesquinhezes, vejam bem, a principal causa foi uma quantidade de palavras mal escritas e mal pontuadas no mural de um facebook, talvez atitudes incoerentes, fartei-me de lhe dizer que nada precisava ser assim, e não precisava mesmo. O facebook é muito relativo, é tudo o que lemos e vemos, mas também é tudo o que não vemos nem lemos. Porque o “perfeito” vai muito além de uma simples rede social. Talvez ele nem saiba que o perdi…parece que o ouço ao telemóvel a dizer-me: “ Deixa lá ver se isto tudo passa…”

O certo é que tenho muita vontade de reencontrar esta minha perda, por isso se alguém encontrar aquele meu amigo… Aquele com um jeitinho especial para as crianças…aquele que gosta de um bom pé de dança e que leva noites a ouvir música, aquele que joga a avançado… aquele moreno, estatura média, cicatriz na testa, um olho ligeiramente mais pequeno, sorriso arrebatador e feitio difícil… digam-lhe que eu ando à sua procura…

E se ele perguntar porquê?

Digam-lhe que é porque “me fascina e me liberta, porque me faz sentir bem, porque me surpreende e me sufoca, porque me confunde e me enfurece, mas também porque me ilumina e me deslumbra…porque é uma aventura…porque sim e porque não, e quem sabe, porque talvez…por todas as razões que sei e pelas que não sei, e também pelas que nunca virei a conhecer… porque o conheço e porque me conheço…e de todas as razões que possam haver, digam-lhe que, ainda, o procuro porque não pode existir outro como ele…”

As palavras do parágrafo acima, de facto, são de umas frases feitas de um outro autor, mas para terminar e para deixar bem claro, qual a razão porque te procuro, deixo as minhas ou talvez as “nossas” palavras… quatro do nove de dois mil e quatro…

HEsteves

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