quarta-feira, 17 de novembro de 2010

No dia que morreres...


As pessoas estavam vestidas de cores escuras e pesadas, ali passivas e inertes… as lágrimas deslizavam pelos rostos abatidos, e por entre as sepulturas e a tristeza ecoava a voz que gritava: “eu amava-o tanto…”
A mulher perdera o companheiro de uma vida, via agora os primeiros grãos de terra taparem-lhe o caixão, teria de aprender a viver com a ausência, ausência além de um corpo…
Perde-se muito mais que um contacto físico…perde-se a força, a alma, a vontade de viver sem aquele ombro e aquele abraço…restando apenas a memória, a memória de como tudo era quando estavam juntos…
Se o destino um dia te quiser levar na minha frente, deixo-te aqui a certeza que eu serei mais uma pessoa ali por entre as sepulturas, não darei um único gemido… as minhas lágrimas serão silenciosas como as de hoje…
Porém, onde quer que estejas e para onde quer que vás, guarda a verdade de que eu te “amava”…


HEsteves

2 comentários:

  1. Olá,

    esse teu texto bateu bem fundo na minha alma e nos meus demónios todos, assusta-me tanto isso.

    Beijo Helena.

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  2. Olá Edgar!!!
    Não temas a morte...pois ela é a única certeza em vida...
    beijinho

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