quinta-feira, 6 de junho de 2013

FIM...

Assim como leste textos anteriores, espero que leias também este, pois é a única forma que nos resta para nos “ouvirmos”.

Prometi a mim mesma que não voltaria a escrever nem a tocar neste assunto, mas as falhas são eminentes e pertinentes. Se isto é uma loucura? Não sei… tu bem que me chamas de louca… mas na verdade comparo “isto” a uma droga que nos extasia e nos derruba lentamente. Foi sobre o efeito de decadência, que ontem decidi curar-me e fui à procura do remédio, confesso que tive a ajuda fulcral de alguém que me tem feito muito bem nos últimos tempos, sendo a minha motivação para sair do “buraco” onde me enterro sempre que as nossas respirações se encontram.

Porém hoje a consulta falhou… é certo que as palavras estão gastas… mas mesmo assim retiro forças, não sei de onde, para te dizer:

De ti não queria mais nada, apenas o abraço e o carinho de uma amizade longínqua e inigualável… as conversas da treta… as risadas descontraídas… a afeição e a estima que só ambos sabemos… Mas tudo “isto” se parece ter perdido. Onde? Como? E porquê? São perguntas que se impõem e às quais não sabemos responder… Sabes? No fundo acho incrível a nossa capacidade de resiliência… Depois de tanto feito, de tanto dito e de tanto ter doído, ainda temos o dom de passar horas na conversa, ou naqueles pequenos silêncios, numa cumplicidade irremediável e inatingível por muitos… Chego mesmo a pensar que afinal, aquilo que nos une é capaz de ser mais forte do que o que nos separa.

É verdade que em horas de “fúria” já disse “para me esqueceres!” mas minto! Quero que me leves contigo seja lá para onde for e com quem for… quero que um dia possas falar de mim aos teus filhos ou netinhos e dizeres, que apesar da vida nos ter separado, tiveste uma grande amiga, uma grande mulher, que só não fez mais por este amor, porque já não sabia o que fazer… quero que me recordes como alguém especial na tua vida… Quero que um dia revejas as nossas lembranças e sorrias de saudade…

Em relação à ideia de te teres “excedido”, não vi nenhum excesso, até porque não permiti extravagâncias, e já pensei se não me terei arrependido de ter sido tão controlada, mas se “amar” e desejar é um excesso, então foste exagerado e eu louca por ter perdido a oportunidade de viver os dois dias que são a vida, restando-me o carnaval para consolo.

O texto já vai longo, e apesar de já não haver quase nada para dizer, sinto que metade fica comigo… mas talvez seja melhor assim… tudo o que me magoa vou arrumar, deixo apenas as boas lembranças… esta talvez seja a maneira mais bonita de por a palavra “FIM” na história.

Vou deixar de querer saber de ti… Vou seguir a minha estrada, vou continuar a ser a louca racional que tanto te intriga… vou fazer o que me pediste… ser feliz… e peço-te que mesmo assim, te lembres também do que te disse no último beijo meu na tua face…

Até já… até sempreou talvez, até nunca mais…


HEsteves

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