quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os véus do nosso corpo...


Hoje pegava numa tesoura e cortava as linhas que sustêm o véu em que tantos de nós nos embrulhamos. Sinto o cansaço de termos que dar ponto sobre ponto, para que este tecido, na verdade tão árido, tenha o mesmo brilho da seda pura…


Ficarmos nus…


Sim! Nus!


Não, não pretendo chocar nem provocar ninguém, embora as mentalidades continuem a precisar de desafios de forma a poderem tornar-se menos mesquinhas e medíocres, mas hoje não é esse o meu intuito.


A nudez a que me refiro, vai no sentido de libertarmos o “bordado” que necessariamente temos que debruar, umas vezes a fio de ouro, outras a fio de prata, havendo também pontos a linha preta e nós cegos para rematar. E rematando, agora, o texto, fazendo um pouco de ironia, já nem sei quem é mais cego, se os nós, se nós, que raramente olhamos o quadro das “avessas”.



HEsteves

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