sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"Tragédia do Meco"



Muito tem indignado, muito se tem falado, especulado, “criticado”… Mas na verdade pouco se sabe, ou antes, poucos sabem o que aconteceu de verdade.
“ A tragédia do Meco” é uma das manchetes que tem feito notícia e tem emocionado “meio mundo”. Num ápice de minutos, perde-se a vida de seis futuros promissores. Indignação, revolta, tristeza, dolência são sentimentos que assolam famílias e amigos.
Pedem-se respostas, justificações, “responsabilidades”… Mas haverá alguém capaz de responder e esclarecer a tais questões? Haverá culpados? Ou só a dura e cruel mão do destino terá a culpa?
A perda de alguém é muito difícil de aceitar, sobretudo quando inesperada… não há descrição para descrever o que sentimos… não há palavras para desenhar o vazio que a dor nos provoca, o padecimento que “respiramos”… é como se uma parte de nós sufocasse e morresse também…
Sei que as famílias estão de alma e coração despedaçado, mas, independentemente do que se ouve e especula, e sendo esta a minha visão e opinião pessoal, acredito piamente que o único jovem sobrevivente está tão mal ou pior do que todos os familiares das vítimas.
Como jovem, como aluna e veterana que fui, e sobretudo como humana e observadora, salientando que sou contra abusos físicos e psicológicos, não acredito que houvesse intenção de prejudicar a vida de qualquer elemento daquele grupo, digo isto, porque os grupos de comissões de praxes, veteranos e outras “categorias” que possam existir e que neste momento desconheço, são por norma pessoas muito unidas, ligadas e amigas, capazes de manter laços para o resto da vida.
Que há brincadeiras parvas, há… que por vezes se ultrapassam certos limites, também é verdade… mas isso sempre só se viu de veteranos para caloiros, e nunca de veteranos para veteranos, ainda para mais, sendo um grupo escolhido com certo “rigor”.
Porém nada do que se diga ou pense fará grande diferença… nada mudará… se fossemos adivinhos, certamente, não estaríamos em certos lugares, a certas horas, e evitaríamos uma série de acontecimentos… mas na vida pouca coisa é certa… os julgamentos serão, apenas, julgamentos… todavia a verdadeira “sentença” está nas mãos de um poder transcendente… Resta-nos viver dignamente e honrar aqueles que queríamos do nosso lado, e ficaram com a “batalha” a meio.
Que capotes e capas sejam símbolos de dignidade, conquista, trabalho, brio, respeito, coragem…

Solidariamente,

HEsteves

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