quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Violeta...

Lena cansara-se de estar sempre na mesma história, história que não ata nem desata, história que não acaba em final feliz, nem em drama, e assim, decidiu arrumar aquele livro na prateleira e tirar um outro, por coincidência, do mesmo autor.

Depois de ler as primeiras linhas, constatou espantada, que Violeta, uma das personagens principais do outro livro, ocupara também ali um dos principais papéis...porém, sendo ela a protagonista de ambas as histórias, parecia não viver a sua verdadeira história... metida em triângulos amorosos, sendo amante, mulher desejada, sendo amada, mulher abandonada, traidora, traída, feliz, infeliz...”carregava” consigo todas as noites uma “cruz”, cruz a que ninguém poderia tomar o peso.

Na primeira história Violeta amara um só homem, sofrera a sua ausência, respeitara a sua escolha, ouvira o seu silêncio e acolheu a sua saudade sempre que ele voltara a tocar-lhe na campainha do coração...hoje Violeta vivia dividida entre o amor de dois homens, homens que por sua vez também tinha outra mulher...cinco pessoas, cinco sentimentos diferentes, cinco vidas indecisas...Mas apesar de tudo, Violeta todas as noites rezava...deixou de pedir para ficar com A ou com B, apenas pedia a Deus que lhe colocasse a felicidade no caminho, não só no dela, mas de todas as outras personagens, pois a vida parecia-lhe estar a ser muito injusta para tamanhos amores...

Lena não chegou, ainda, ao final do livro...não sabe quando, nem onde estará desenhado as letras do “fim”...já ensonada conseguiu, ainda, reparar num lapso da gráfica, trocara o “T” por um “N” e a última frase dizia “ é sempre a mesma viola “Violena”...”


HEsteves

2 comentários:

  1. Belo texto! >.<
    O incrível é que há uma grande semelhança com um conto que escrevi recentemente....
    Nele, uma garota chamada Violeta está dividida entre dois rapazes, e recebe conselhos da melhor amiga, Lena... *O*
    Incrível, não?
    Um grande abraço,

    Giovanna Rubbo

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    1. Olá!
      Este texto foi inspirado em alguém que conheço muito bem, alguém que sigo de perto, alguém que se apaixonou, mas onde a sombra do passado continua patente! De facto não deixa de ser curioso os textos serem semelhantes...talvez seja a prova, que o amor, as pessoas, as dúvidas e os sentimentos se regem, quase todos, pela mesma linha! ;)
      Beijinho.
      HEsteves

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