segunda-feira, 16 de maio de 2011

Isabel e o Carrossel de "amores"



Quando mais nova, Isabel era gozada pelo seu aspecto franzino e frágil…porém, o passar dos anos transformou-a numa rapariga tão “igual” a todas as outras.
Isabel tinha uma estatura baixa, mas com um corpo, extremamente, bem delineado, cabelo preto e comprido, formando caracóis nas pontas, olhos castanhos, dentes, um tanto ao quanto, salientes, mas um sorriso sincero e descontraído…tinha uma forma única de estar, sabia ser a menina, a rapariga e sempre que precise a senhora…e assim, foi despertando a atenção de todos aqueles que em tempos a “repugnavam” como mulher.
Tal como qualquer uma de nós viveu os seus namoricos, embora tenha tido uma mão ou duas, cheias de pretendentes, foram muito poucos os que moraram, verdadeiramente, no seu coração…Isabel levava a vida com uma força espontânea, tal como o vento leva uma folha, até ao dia que se apaixonou e aprendeu a amar…Mas o amor nem sempre contem o “felizes para sempre” e com ele, Isabel também aprendeu a sofrer e a chorar…
Hoje, Isabel mantém-se sozinha… e com o passar do tempo, das horas, dos dias, dos anos…muitos dos rapazes que em tempos a cortejaram, mas que não deixaram que a história passasse de um “namorico”, voltaram a dizer-lhe palavras bonitas e a partilhar a vontade de estar com ela… e a vida é um carrossel…que dá voltas e voltas, mas volta sempre ao mesmo…e por isso, sabiamente talvez, ela nos diz: “ Tudo o que um dia vai, também vem um dia”…e por isso, sempre que olho para a Isabel, vejo-a sentada num cavalo branco, agarrada à barra de ferro dourada, rodando, rodando, rodando no carrossel da esperança…






HEsteves

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