quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O meu gorro

Perdi o meu gorro cor-de-rosa!
Quem bem me conhece sabe que não sou de futilidades, nem apegada a bens materiais ou ao dinheiro... Cada coisa tem o seu fim, nesse contexto, penso que nos devemos servir, gastar e usufruir. Claramente e para não parecer insensível ao valor das coisas, usar e desfrutar à medida de cada um, pois dar passos maiores que as pernas nunca foi boa ideia e acaba sempre por nos "levar" ao chão. Também não gosto de perder as coisas, mas às vezes lá acontece...e a conformação chega depressa!
E perante isto, até a minha mãe me pergunta: Porquê um desgosto tão grande por causa de um gorro?
Tentei explicar: o gorro cor-de-rosa não é somente um gorro! Gorros há muitos! O problema é que aquele gorro era um gorro com uma "história sentimental", aquele gorro contem a memória de uma viagem a Londres, onde me senti cheia de mim e cheia de tudo o que me rodeava sem nada me pesar... Um gorro que simbolizava uma viagem, um presente de natal, a lembrança da cidade londrina e os bons dias de férias que lá passei... aquele gorro era mais que um gorro...era um valor sentimental!
Fiquei triste de o ter perdido, o máximo que pode ter acontecido é ter ido para ao lixo ou alguém o ter apanhado, e, um dia, lá, passo por uma pessoa que leva o meu gorro na cabeça e um pedacinho de história minha... Perdi-o à entrada do hospital de Portalegre ou no parque de estacionamento do modelo, no caso de alguém o encontrar e ler este post, lembre-se na alegria e no sorriso que me dava se me o devolvesse. Uma das maiores dividas que podemos ter é a gratidão.



No entanto, como se costuma dizer: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos... neste caso, foi-se o gorro, ficou o cabelo... O bom disto é que ainda consigo ironizar! 

Bem-haja, e usem gorrinhos que está muito frio!

HEsteves

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