domingo, 1 de fevereiro de 2015

Amiga C

Há muito que tenho andado para escrever sobre ela, mas às vezes é difícil encontrar palavras que reflictam o que sentimos ou o que pensamos tendo a imagem de alguém.
Não sei se hoje tenho as palavras certas... mas vou correr o risco, dedicando-lhe este post.
Quando a conheci era loira, um loiro quase branco que só por si chamava a atenção, contudo depressa troquei a atenção do cabelo pela forma como soletrava as palavras doces e simples e pelo modo como  gestualizava as conversas. Falámos de nós, de quem éramos, de teatro e da vida...e houve logo grande empatia.
Não é das minhas amigas mais próximas, não lhe conto metade da minha vida, embora sinta que o pudesse fazer, não saio com ela à noite e não temos grandes farras juntas, mas é uma daquelas pessoas que gosto sempre de encontrar e que tem sempre um sorriso ou uma palavra amiga, e quando digo amiga, sinto mesmo que é assim... Traz nos olhos o espelho da sua alma, e nos lábios o sorriso bonito de quem é leve, generoso, distinto.
Talvez já tenha sofrido bastante, tenho em mim a teoria que as pessoas mais doces são as que já provaram grande dissabores na vida...no entanto são de uma natureza tão sólida e compacta, que tal como as roseiras brotarão sempre botões, por muito podadas que sejam...
Não costumo frisar nomes, e penso que nem preciso, mas caso ainda tenhas dúvidas, nunca me hei-de esquecer quando um dia à porta de certo bar, numa conversa de amigas, disseste: " Se algum dia me for embora, és umas das pessoas de quem levo memória." Serei uma das pessoas de quem levas memória e uma das pessoas que te recordará... Que nesse mesmo bar, voltemos a falar, quiçá deste post, e a beber um copo à amizade a às pessoas que valem a pena ser relembradas.
Bem-haja.

HEsteves

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