terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O começo...

Hoje vou escrever sem estar preocupada com as frases bonitas ou a articulação das palavras…estou cansada e apetece-me, simplesmente, escrever para aliviar o stress e a fadiga, que se tem arrastado nestes últimos tempos…
Devo dizer que, também, não estou minimamente preocupada com o que as pessoas vão pensar ao lerem isto.
Não quero saber se coloquei uma vírgula no sítio errado ou se estou a escrever algo completamente desconexo, até porque desconexa já anda a minha vida. Esta perdeu o sentido no dia em que fui ali deixada, no meio daquelas escadas com a serra emoldurada pelas casas, no dia em que perdi o controlo de mim mesma, e o corpo não obedeceu à mente… “Filme”, “Exagero”, pensou ele…mas não... juro, que o que mais queria, era ter tido a força suficiente para ter sido eu a abandona-lo…naquele momento nada fazia sentido, não era capaz de perceber como é que duas pessoas que se diziam “amar”, se separavam, sem uma única razão de ser…como fui ingénua…
Hoje, tudo se tornou bem mais claro, hoje percebo que nada daquelas frases e palavras, que eu chamava de ridículas, eram de facto ridículas, tudo não passou de uma mentira…
Sei que não sou perfeita, que de certo errei com ele várias vezes, mas sei que hoje o meu maior erro foi ter aprendido a amá-lo, foi ter construído o amor que não existia, foi ter criado alicerces capazes de suportar tudo e todos por ele…valeu a pena? Valeu…quer seja pelo lado positivo, quer seja pelo lado negativo…
Hoje, e desculpem-me a repetição da palavra, mas o “hoje” é o que verdadeiramente conta, conheci dois rapazes que me despertaram a atenção…Por um lado está a maturidade, a simplicidade, a disponibilidade…por outro, o sorriso, o olhar, o jeito tímido…e apesar de achar que posso ter aqui uma nova possibilidade, de fazer uma escolha e tentar seguir um outro rumo, com um outro alguém…Tenho noção que não é correcto faze-lo…pois não conseguiria fazer a pessoa feliz ao meu lado!
E sabem porquê? Porque é com aquele primeiro que me continuo a deitar e a levantar todos os dias, é por ele que me caiem, ainda, as lágrimas e sorrio ao lembrar as recordações… vale a pena? Não…porque enquanto eu o relembro todos dias, ele esquece-me a cada passagem de tempo, troca carinhos, mensagens, beijos com uma outra… Contudo, ainda, há uma coisa que me anima…ele pode apagar-me de todo o seu caminho, tirar-me do seu grupo de amigos, apagar-me na Internet, rasgar as fotografias, apagar-me da mente até mesmo do coração…mas não pode apagar cada momento que partilhou comigo…e muito menos querer apagar-se de dentro de mim…
Por hoje, chega…
Helena Esteves

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